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Teatro São Carlos recebe 21 candidaturas à direção artística

Depois de Ivan van Kalmthout ter cessado funções ao final do primeiro ano de mandato, foi aberto um concurso. Só seis dos candidatos são portugueses.

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Lusa 13 de março de 2025 às 14:33
Vítor Mota

O Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), em Lisboa, recebeu 21 candidaturas à direção artística, das quais apenas seis são de cidadãos portugueses, revelou esta quinta-feira o Organismo de Produção Artística (Opart), que o gere.

O prazo de admissão no concurso internacional terminou na segunda-feira, tendo o teatro nacional recebido 21 candidaturas, a maioria de candidatos estrangeiros, para um mandato de quatro anos, de setembro de 2025 a agosto de 2029.

"A quantidade e a qualidade dos candidatos demonstram o interesse que este concurso suscitou junto de profissionais e de personalidades ligados ao meio cultural e artístico, nacional e internacional", referiu o Opart em nota de imprensa.

A realização deste concurso surgiu na sequência da saída do diretor artístico Ivan van Kalmthout, que cessou funções a 4 de julho de 2024, "por acordo" com a administração, um ano depois de ter assumido o cargo.

De acordo com o regulamento, o mandato pode ser renovado até duas vezes por períodos iguais e sem necessidade de concurso e a pessoa escolhida terá de exercer funções em regime de exclusividade.

Atualmente, as funções da direção artística do TNSC estão a ser garantidas por uma comissão coordenada pelo maestro e pianista João Paulo Santos, coadjuvado pelos maestros da Orquestra Sinfónica Portuguesa, Antonio Pirolli, e do Coro do São Carlos, Giampaolo Vessella.

Segundo o TNSC, a pessoa escolhida deve "demonstrar um compromisso profundo com o serviço público e a democracia cultural, com a excelência artística na área da ópera e da música sinfónica e coral-sinfónica, com o acesso e participação culturais de todos os grupos sociais, com a formação e capacitação do setor cultural, com a internacionalização e com a preservação e valorização do património".

O período de candidaturas terminou na segunda-feira, o júri fará uma avaliação das 21 admissões até 28 de abril e escolherá cinco candidatos que passam à fase de entrevistas, "que deverá estar encerrada até 20 de maio".

O júri é presidido por Conceição Amaral, presidente do conselho de administração do Opart, e integra ainda Rui Morais (Opart), o cantor lírico Jorge Vaz de Carvalho, a gestora cultural Isamay Benavente e o musicólogo Paolo Pinamonti.

Este concurso decorre numa altura em que o edifício do TNSC, em Lisboa, está encerrado para obras de requalificação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e a programação artística está a ser cumprida em digressão pelo país.

O teatro nacional encerrou no final de julho de 2024, estando a reabertura agendada para 2026.

O concurso internacional para a empreitada de conservação e restauro, requalificação e modernização deste teatro nacional, no valor de 22 milhões de euros, foi aberto na passada segunda-feira.

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