Atrás do palco maior, há um complexo pré-fabricado de escritórios para a equipa do NOS Alive. "É a câmara municipal", diz Álvaro Covões, ideólogo e produtor do festival que decorre este fim-de-semana em Algés - esgotado, como de costume
"Temos hospital e esquadra de polícia, todo o tipo de serviços e restaurantes. Aqui há de tudo, como numa autêntica cidade, e eu sinto-me o prefeito dela durante três dias", confessa o empresário Álvaro Covões àSÁBADO, com o canto do olho nos tapetes de relva que nesse momento se desembrulham para cobrir parte do recinto, denunciando com o termo - sinónimo além-mar de presidente da câmara (e "câmara municipal" é justamente o que chama ao complexo pré-fabricado de escritórios, onde há um com o seu nome, instalado nas traseiras do palco NOS) - a paixão pelo Brasil, que visita a cada edição do Rock in Rio, pelo prazer da viagem, mas também para descobrir bandas para contratar: "Por respeito ao público, envolvo-me muito na escolha dos cartazes. Há produtores que, tendo uns Pearl Jam, juntariam uns artistas menores e pronto, eu prefiro dar mais coisas boas. Assim, o festival fica na memória como aquele hotel fantástico, que tem tudo lá, e de onde se sai com vontade de voltar."