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Há música na pintura de Miró?

Joan Punyet Miró deu uma conferência em Serralves sobre a paixão do avô pelos grandes compositores. O tema, que inspirou o livro Miró & Music, foi o pretexto para uma conversa

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Filipa Vaz Teixeira 10 de janeiro de 2018 às 08:00

Refugiava-se nos anjos, nas estrelas, no universo. Ouvia Bach e Beethoven, mas também Stockhausen, Edgard Varèse, Francis Poulenc e o silêncio minimalista de John Cage. Rompeu com André Breton e a sua concepção fragmentada do surrealismo, apaixonou-se pelo jazz de Duke Ellington, pela poesia de Rimbaud e pela pintura visceral de Pollock. Pegou fogo a telas (das cinco existentes, Serralves tem uma) com a mesma irreverência de Jimi Hendrix a incendiar guitarras. Toda a vida compôs música, enfim, mas com o pincel, numa guerrilha intelectual que nunca esmoreceu, mesmo em tempo de ditadura e guerra. É isso mesmo que mostra Joan Punyet Miró, neto de Joan Miró, no seu livroMiró & Music,que reúne cartas, notas, desenhos, capas de discos e outros apontamentos que ligam o pintor a vários músicos e compositores. OGPSfalou, em Serralves, no Porto, com o autor de 49 anos, historiador de arte, comissário, escritor, poeta e performer, para quem o avô foi "um provocador até à morte".

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