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Crítica livros: Florinhas de Soror Nada

"O romance ilustra o regime de beatério em que sucessivas gerações de portugueses foram educados", escreve Eduardo Pitta

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Eduardo Pitta 07 de junho de 2018 às 14:00

Uma autora com os recursos de Luísa Costa Gomes (n. 1954) salta com facilidade entre géneros literários. Não admira que no conto, como no romance e no teatro, a fasquia tenha estado sempre lá em cima.Florinhas de Soror Nada, o romance mais recente, mantém a bitola. Num autor menos apetrechado, a história de Teresa Maria, a criança que queria ser santa à maneira da outra, a de Ávila, até ao dia em que faz apostasia, tenderia a roçar okitsch. Mas a autora controla o discurso com sageza: "Mencionando a natureza demoníaca da mulher (…) chegou o padre depois de muitos rodeios à questão vexante." Sexo, naturalmente.

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