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Crítica de exposições: Gary Hill - Derramamento Linguístico

"Aqui a inspiração é o graffito: feixes verdes traduzem sons numa sala de máquinas. Ganha-se em espectáculo e perde-se em reflexão", escreve Carlos Vidal

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Carlos Vidal 04 de julho de 2018 às 17:10

"Metafísico dos media", como alguém lhe chamou, Gary Hil é um nome decisivo da videoarte. Logo, é de referir a sua exposição na Sala das Caldeiras da Central Tejo, embora ela se perca em jogo e entretenimento, mostrando os limites do MAAT. Como os mais interessantes videastas, desde o início (Nam June Paik, Vito Acconci, Peter Campus, Bill Viola ou Nauman), Hill interessa-se pelo actual e pelo "primitivo": as arcaicas esculturas-vídeo de Paik ou a captação das imagens originadas nas mudanças de temperatura ou condições ambientais (Viola), juntam-se ao velho equipamento analógico de Hill. Desde sempre que, em Hill, as imagens são traduções de sonoridades ou textos transfigurados (quando pede à filha para ler Wittgenstein). Aqui a inspiração é ograffito: feixes verdes traduzem sons numa sala de máquinas. Ganha-se em espectáculo e perde-se em reflexão. Mal se reconhece Gary Hill.

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