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Crítica de cinema: A sombra da verdade

"O filme desperdiça o potencial de denúncia, sem garra nas sequências mais tensas e apelando a uma frouxa história de amor", escreve Pedro Marta Santos

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Crítica de cinema: A sombra da verdade
Pedro Marta Santos 17 de junho de 2018 às 15:14

Baseado na autobiografia de 2008 de Michael Soussan, um dinamarquês que, aos 24 anos, se viu a trabalhar no maior plano de ajuda humanitária da história das Nações Unidas, o "Petróleo por Alimentos", destinado a trocar a exportação do petróleo iraquiano após a primeira guerra do Golfo por alimentos e medicamentos para uma população civil fragilizada pelo embargo, transforma emthrillerpolítico aquele que se revelou o maior escândalo de sempre da ONU, com milhares de milhões em subornos a oficiais do organismo e a agentes governamentais de todo o mundo, num larguíssimoflashbackque parte do testemunho (real) do jovem diplomata aoThe Wall Street Journal, assim expondo a gigantesca hipocrisia e falência moral da instituição. Focando-se no relacionamento mentor-pupilo de Michael com Pasha (na verdade, o cipriota Benon Sevan, que continua exilado em Nicósia sem acordo de extradição), o filme desperdiça o potencial de denúncia, sem garra nas sequências mais tensas e apelando a uma frouxa história de amor.

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