Miguel Vieira: "Escrevi cartas de amor com sangue de galinha"
Com o dinheiro que ganhou a vender enciclopédias, montou um ateliê na casa dos pais e começou a fazer roupa sozinho. Hoje em dia, Miguel Vieira é um dos estilistas nacionais mais falsificados
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Numa rua de São João da Madeira, onde ainda há hortas com couves, fica o ateliê de um dos estilistas portugueses de maior sucesso. É num espaço de 800 m2, entre o snack bar Bilhares e a loja de candeeiros Arteza, que Miguel Vieira desenha roupa, sapatos, carteiras e óculos. Nascido e criado na cidade mais pequena do País, a 30 quilómetros do Porto, só descobriu a moda depois dos 20 anos. Quando era novo, não desenhava roupa nem brincava com bonecas. Preferia carrinhos de rolamentos e cabanas nas árvores. Neto do dono da Viarco, a única fábrica de lápis portuguesa ainda a funcionar, sempre teve uma vida desafogada. Mas começou a trabalhar cedo. Primeiro a vender enciclopédias, depois numa empresa têxtil. Diz que a sua maior vitória foi terminar uma colecção depois dos tratamentos de quimioterapia. Venceu dois cancros e celebra agora os 20 anos da sua marca.