O Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, reabre entre 22 de junho e 25 de julho, com um programa intitulado "Prólogo", retomando a atividade normal em 18 de setembro, com a abertura da temporada 2026/2027, anunciou esta quinta-feira a instituição.
Encerrado desde 31 de dezembro de 2022, para uma "profunda intervenção" que abrange a requalificação, o restauro e a renovação de várias áreas do edifício, o D. Maria II (TNDM) regressará à atividade depois de obras de "9,8 milhões de euros", um investimento efetuado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), lê-se no comunicado.
Visitas guiadas, oficinas, debates, encontros, experiências artísticas e ações de mediação constam do "Prólogo", a cumprir de 22 de junho a 25 de julho, que o diretor artístico do TNDM, Pedro Penim, citado pelo comunicado, define como "um período de transição e de escuta que permitirá redescobrir o edifício, testar modos de acolhimento e preparar o regresso a casa".
Um "trabalho de proximidade com a comunidade vizinha, as equipas, os artistas, os parceiros, as escolas, com o público da cidade e do país", que, acrescenta Pedro Penim, tem por objetivo ser "o ensaio do reencontro e o momento antecipatório" da reabertura do edifício no Rossio, em setembro, ao fim de quase três anos, desde o encerramento para obras de requalificação, no final de dezembro de 2022.
De 22 de junho a 25 de julho, decorrerão visitas guiadas, oficinas, encontros, experiências artísticas e ações de mediação, além da edição de 2026 do Cenários, o evento de pensamento do D. Maria II, marcado para os dias 25 e 26 de junho. A programação completa do "Prólogo" será anunciada em breve, acrescenta o comunicado do teatro.
"Pretendemos que este seja um período de transição e de escuta, que nos permitirá redescobrir o edifício, testar modos de acolhimento e preparar o regresso a casa, num trabalho de proximidade com a comunidade vizinha, as equipas, os artistas, os parceiros, as escolas e com o público da cidade e do país", refere o diretor artístico do teatro, qualificando "Prólogo" como "o ensaio do reencontro, o momento antecipatório em que o D. Maria II volta a respirar antes de reabrir, em pleno, para todos".
Para o presidente do conselho de administração do teatro, a "reabilitação do sistema de palco rotativo e do quadro elétrico da mecânica de cena assumem uma grande importância" na intervenção ainda em curso, até porque as duas ações deverão evitar "um novo encerramento da Sala Garrett no futuro".
"O sistema de palco rotativo é um recurso com características únicas no panorama nacional, que reforçará as valências técnicas da Sala Garrett e as soluções artísticas ao dispor dos criadores", garantindo "ainda melhores condições de trabalho no palco e subpalcos desta sala", acrescenta Rui Catarino, citado no comunicado.
"O D. Maria II reabrirá ao público mais capacitado para novas possibilidades cénicas e eficiência técnica e segurança melhoradas", conclui.
A programação do primeiro semestre do TNDM ficará disponível na página do teatro na Internet.
Em novembro de 2024, o diretor artístico do teatro nacional, Pedro Penim, apontara "o primeiro trimestre de 2026" como data provável de reabertura do D. Maria II, após concluídas as obras iniciadas em 2023 ao abrigo do PRR.
Em 23 de outubro último, o conselho de administração do TNDM disse à Lusa ter avançado com o lançamento do concurso para a remodelação do sistema de palco rotativo, obra com o valor base de 1,6 milhões de euros e com um prazo de execução de 175 dias, remetendo a conclusão das obras para o final de junho de 2026.
Questionado sobre se o lançamento do concurso, este ano, ameaçava a reabertura do teatro, o conselho de administração disse, por escrito, que a obra "não coloca em causa o cumprimento da meta estabelecida pelo PRR para a conclusão da intervenção, definida para o final de junho de 2026".
Inicialmente, a reabertura do D. Maria II estava prevista para 2024. Em novembro de 2023 foi adiada, pela primeira vez, para o princípio de 2025. Em julho de 2024, o conselho de administração votou a adiar a reabertura, projetando-a para o início de 2026, alegando atrasos nas empreitadas.