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Maria Antónia Lopes: “Quando a nobreza precisava de dinheiro ia às Misericórdias”

Maria Antónia Lopes: “Quando a nobreza precisava de dinheiro ia às Misericórdias”
Bruno Faria Lopes 22 de maio de 2024 às 23:00

Maria Antónia Lopes: “Quando a nobreza precisava de dinheiro ia às Misericórdias”

As nomeações partidárias, os “jobs for the boys” e a apropriação do dinheiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa são práticas que duram ali há quase 200 anos, explica a historiadora.

As nomeações partidárias, os “jobs for the boys” e a apropriação do dinheiro da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa são práticas que duram ali há quase 200 anos, explica a historiadora.

As nomeações partidárias para a provedoria da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), os “jobs for the boys” e a apropriação do dinheiro da instituição são problemas de hoje - e são, também, práticas que duram ali desde meados do século XIX, explica Maria Antónia Lopes. A professora da Universidade de Coimbra, e especialista na história das misericórdias, nota que a apetência pelo dinheiro destas instituições, em particular a de Lisboa, é até anterior ao século XIX. “Houve misericórdias quase levadas à falência por causa da nobreza local”, conta. A exoneração de Ana Jorge pelo novo governo AD e a má gestão (anterior à provedora) que levou a 100 milhões de euros em prejuízos encaixam no padrão histórico da Santa Casa que, apesar do nome, já não é uma Misericórdia há quase 200 anos – desde que, por falta de irmãos eleitores e de saúde financeira, foi extinta pelo governo e posta sob sua tutela.

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