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Impresa reconhece "fase delicada" como justificação para entrada da MFE

Jornal de Negócios 04 de dezembro de 2025 às 21:42

A atual situação caracteriza-se "pela dificuldade em obter novas linhas de crédito e renovar as atuais, o que limita a sua capacidade de assegurar com normalidade e segurança o crescimento sustentado da sua atividade”, refere a Impresa antes da assembleia geral que irá aprovar o aumento de capital subscrito pelos italianos.

“A sociedade atravessa uma fase delicada, caracterizada pela dificuldade em obter novas linhas de crédito e renovar as atuais, o que limita a sua capacidade de assegurar com normalidade e segurança o crescimento sustentado da sua atividade”. É desta forma que a Impresa justifica a entrada dos italianos da MFE (MediaForEurope) no capital da empresa, nos documentos enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no .   
Impresa
Os argumentos são apresentados como justificação para a supressão do direito de preferência dos atuais acionistas no aumento de capital que permitirá que a empresa da familia Berlusconi fique com uma participação na Impresa, um dos pontos a aprovar na reunião magna. “A manutenção deste quadro, sem uma intervenção externa, teria consequências inevitavelmente graves, traduzindo-se no progressivo enfraquecimento da capacidade operacional da sociedade, na erosão da confiança dos seus credores e parceiros comerciais e, em última análise, na deterioração do seu valor económico”, continua o documento. Caso a empresa não agisse, os impactos “afetariam e impactariam igualmente trabalhadores, clientes, fornecedores e a rede alargada de stakeholders cuja relação com a sociedade é essencial para o desenvolvimento normal e contínuo da sua atividade”, alerta a Impresa. “Impõe-se, por isso, a adoção imediata de medidas que assegurem uma recapitalização robusta, certa e integral, apta a restaurar o equilíbrio financeiro, a estabilizar a atividade empresarial e a criar as condições indispensáveis à preservação e crescimento da atividade da sociedade a médio e longo prazo”, refere a empresa.   É neste contexto que surge a operação de aumento de capital social, que será realizado mediante a emissão de 82,5 milhões de ações da Impresa por 17,325 milhões de euros, comprometendo-se os atuais acionistas a abdicarem do direito de preferência. A operação colocará a MFE com uma participação de 32,934% do capital da dona SIC e do Expresso, ficando a Impreger, "holding" da família Balsemão, com 33,738%.  A operação assegura “a disponibilização de fundos necessários ao desenvolvimento sustentado daatividade da Sociedade e do Grupo. Mais do que isso, a subscrição do aumento de capitalrepresenta um primeiro passo para o estabelecimento de uma nova parceira estratégica com a MFE, que atua no mesmo setor que a sociedade", lê-se no documento. Assim, refere a empresa de media portuguesa, "este novo parceiro não só é dotado de capacidade financeira robusta e de uma orientação empresarial, como também é apto a contribuir para o reposicionamento da Sociedade, através da partilha de novo know-how e de novas perspetivas e experiências para a gestão” da Impresa. Contudo, o documento ressalva que a empresa “continuará a ser conduzida pela Impreger”.
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