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Endividamento da economia tem em setembro maior disparo mensal desde a pandemia

21 de novembro de 2025 às 12:47

Dívida das administrações públicas, empresas e particulares aumentou 9,4 mil milhões de euros em setembro, para um total de 866,4 mil milhões. Maioria do endividamento total diz respeito ao setor privado, mas foi no setor público que a dívida mais cresceu.

O endividamento da economia portuguesa, sem considerar a banca, teve em setembro o maior aumento mensal desde o início da pandemia. Os , divulgados esta sexta-feira, revelam que a dívida do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) disparou 9,4 mil milhões de euros, para um total de 866,4 mil milhões. 
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Desses 866,4 mil milhões, a maioria do endividamento dizia respeito ao setor privado (478 mil milhões), nomeadamente empresas privadas e particulares. Mas a dívida do setor público, em concreto das administrações públicas e empresas públicas, foi a que mais aumentou, tendo crescido 6,7 mil milhões em setembro, para um total de 388,4 mil milhões.  Esse acréscimo da dívida do setor público aconteceu, sobretudo, perante o exterior (+6,0 mil milhões), "refletindo essencialmente o investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa". Aumentou também perante as administrações públicas (+0,6 mil milhões) e os particulares (+0,3 mil milhões). Em sentido contrário, "o endividamento do setor público reduziu-se perante o setor financeiro (-0,3 mil milhões), principalmente pelo desinvestimento em títulos de dívida de curto prazo", nota o BdP. Por outro lado, o endividamento do setor privado aumentou 2,6 mil milhões em setembro. O endividamento das empresas privadas aumentou 1,4 mil milhões, "refletindo, principalmente, o incremento do financiamento obtido junto do setor financeiro (+0,8 mil milhões) e do exterior (+0,6 mil milhões)". Já a dívida das famílias subiu 1,3 mil milhões, "essencialmente perante os bancos, por via do crédito à habitação (+1,0 mil milhões)". Em termos homólogos, o endividamento das empresas privadas cresceu 2,5% e o endividamento dos particulares subiu 7,8%, sendo este "um novo máximo desde o início da série (dezembro de 2008)".
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