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CGTP insiste em salário mínimo nos 600 euros em Janeiro "ou durante 2018"

05 de dezembro de 2017 às 16:30

Arménio Carlos considera prematuro dizer se assinará um acordo na concertação social.

O líder da CGTP, Arménio Carlos, disse esta terça-feira que fará "o que for possível" para um entendimento sobre o salário mínimo, mas avisou que a intersindical vai continuar a lutar pelos 600 euros em Janeiro "ou durante 2018".

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Foto: LUSA / NUNO FOX
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"Até ao último momento faremos tudo o que for possível para chegar a um entendimento para os 600 euros", disse aos jornalistas o secretário-geral da CGTP à entrada da segunda reunião da concertação social sobre o aumento do salário mínimo.

Porém, Arménio Carlos sublinhou que "se isso não acontecer na concertação social, o Governo terá que legislar e a CGTP terá que cumprir o seu papel, que é continuar a mobilizar os trabalhadores para que independentemente do resultado da concertação social, os 600 euros sejam um facto real a partir de Janeiro ou durante 2018".

O líder da CGTP considerou prematuro dizer se assinará um acordo na concertação social sobre o aumento do salário mínimo, sublinhando que falta saber qual a proposta do Governo - que deverá ser de 580 euros - e se a proposta é acompanhada "de mais alguma benesse ou não para os patrões, como é habitual".

Já o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse acreditar que o salário mínimo atinja 585 euros, como pretende a central sindical, lembrando também que "falta perceber a componente dos empregadores, o que estão disponíveis a aceitar, a negociar, o que vão por em cima da mesa".

Do lado das confederações patronais, o presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, recusou a ideia de "contrapartidas" exigidas pelas empresas para o aumento do salário mínimo.

"Não há contrapartidas, não há compensações, é uma ideia errada. O Governo apresentará uma proposta e nós reagiremos em conformidade", afirmou o presidente da CIP, acrescentando que "as empresas mais expostas à concorrência internacional" terão de ser acauteladas.

"Aquilo que nos importa é a melhoria da competitividade da economia e condições para que as empresas aumentem a sua produtividade", sublinhou.

Já o presidente da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), Vieira Lopes, disse que não vai propor nenhum valor e que quer discutir a metodologia, defendendo que o salário mínimo deve ter em conta a inflação, a produtividade e o crescimento da economia, embora admita um valor acima destes critérios devido ao carácter "social" da remuneração.

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