Portugal apura-se para o Mundial de 2018

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Aos 41 minutos, Johan Djourou marcou na própria baliza e, aos 57, André Silva fez o segundo golo pela selecção portuguesa.

Os campeões europeus, que se apuraram para todas as grandes competições desde 2000, repetem agora a presença num Mundial de futebol – desta vez na Rússia.

Até 1998, a formação das 'quinas' apenas tinha estado em dois Mundiais (1966 e 1986) e outros tantos Europeus (1984 e 1996), falhando o apuramento em 21 ocasiões, depois de não ter entrado na corrida ao primeiro campeonato do Mundo, em 1930.

A situação inverteu-se a partir de 2000, com Portugal a não mais falhar uma fase final, sendo que, em 2004, não precisou de se qualificar, pois disputou o respectivo Europeu na qualidade de anfitrião.

O conjunto das 'quinas' só selou um lugar no Mundial de 2018 no último jogo de qualificação, ao vencer por 2-0 na recepção à Suíça, que chegou ao Estádio da Luz com nove vitórias nos nove primeiros jogos de qualificação, incluindo um idêntico 2-0 a Portugal, na estreia de ambas as selecções.

No último apuramento, para o Europeu de 2016, Portugal havia dispensado o último encontro, qualificando-se no penúltimo (1-0 à Dinamarca), mas, nas três anteriores fases de qualificação (Mundiais de 2010 e 2014 e Europeu de 2012), só se apurara no 'play-off'.

O triunfo face aos helvéticos selou uma 10.ª fase final consecutiva e quinta de 'rajada' em Mundiais, depois das presenças em 2002 (fase de grupos), 2006 (quarto lugar), 2010 (oitavos de final) e 2014 (fase de grupos).

Antes, Portugal apenas tinha estado entre os melhores do Mundo em 1966, sendo terceiro classificado, ao 'sabor' dos nove golos do 'rei' Eusébio, e em 1986, numa participação para esquecer, marcada pelo 'caso Saltillo'.

Após ter estado ausente da qualificação para o primeiro campeonato do Mundo, em 1930, Portugal falhou sucessivamente oito apuramentos (Mundiais de 1934, 38, 50, 54, 58 e 62 e os primeiros Europeus, de 1960 e 64).

À nona tentativa, a formação das 'quinas' logrou, finalmente, qualificar-se, para o Mundial de 1966, sob o comando de Eusébio da Silva Ferreira, autor de sete dos nove golos lusos -- os outros foram de Coluna e Jaime Graça.

Mesmo com o 'rei', Portugal não conseguiu dar sequência ao brilhante terceiro lugar conseguido em Inglaterra e entrou em novo ciclo de oito falhanços, agora para os Europeus de 1968, 72, 76 e 80 e os Mundiais de 1970, 74, 78 e 82.

A primeira presença lusa num Europeu -- já o sétimo -- aconteceu em 1984, graças a um triunfo final por 1-0 sobre a União Soviética, selado por Jordão, de penálti, após falta sobre Chalana no limite da área.

Seguiu-se novo apuramento, agora para o Mundial de 1986, na sequência do célebre 'deixem-me sonhar' do 'bom gigante' José Torres. O 'milagre' aconteceu em Estugarda, onde a formação das 'quinas' venceu a RFA por 1-0, com um 'golão' de Carlos Manuel e várias bolas nos 'ferros' de Manuel Bento.

Após duas meias-finais nas duas primeiras fases finais (1966 e 1984), Portugal saiu envergonhado do México, face ao tristemente célebre 'Caso Saltillo' e os falhanços voltaram -- Europeus de 1988 e 92 e Mundiais de 1990 e 94.

Já com a 'geração de ouro', os campeões mundiais de juniores de 1989 e 1991, Portugal voltou em 1996, ao Europeu, de novo em Inglaterra, mas, dois anos depois, ainda desperdiçou mais um Mundial, o de 1998, num trajeto marcado pela injusta expulsão de Rui Costa, pelo francês Marc Batta, na Alemanha.

A ausência do Campeonato do Mundo disputado em França ainda é, no entanto, o derradeiro falhanço, já que Portugal segurou hoje o pleno de fases finais que ostenta desde 2000.

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