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Miguel Oliveira sai da última linha da grelha do GP de Espanha

04 de maio de 2019 às 17:38

O piloto vai partir da 22ª posição na partida do grande prémio espanhol de MotoGP. Este sábado, a KTM anunciou que Miguel Oliveira vai continuar na equipa Tech 3 até 2020.

Miguel Oliveira (KTM) vai partir do 22.º lugar da grelha para o Grande Prémio de Espanha de MotoGP, quarta prova do campeonato, que se disputa em Jerez de la Frontera, no domingo.

O piloto português não passou da primeira qualificação (Q1), com a melhor volta em 1.38,894 minutos, mais de um segundo e meio melhor do que o tempo registado nos treinos livres de sexta-feira.

No entanto, o novo asfalto do circuito Angel Nieto está a permitir maior rapidez aos pilotos, com o francês Fabio Quartararo (Yamaha) a conseguir a primeira ‘pole position’ da sua carreira em MotoGP, com o tempo de 1.36,880 minutos, que é um novo recorde do circuito andaluz.

Quartararo bateu o anterior recorde, na posse do britânico Cal Crutchlow (Honda) desde 2018, por 773 milésimos de segundo, numa sessão dominada pelas Yamaha privadas da Petronas SRT. O italiano Franco Morbidelli foi o segundo classificado, a 82 centésimos do colega de equipa.

Os 16 primeiros classificados da sessão de qualificação deste ano realizaram tempos abaixo do anterior recorde do circuito.

Oliveira terminou a 1,730 segundos do mais rápido, partilhando a última linha da grelha com o seu colega de equipa, o malaio Hafizh Syahrin (KTM) e com o italiano Andrea Iannone (Aprilia), que não participou na qualificação depois de ter sofrido uma queda na quarta sessão de treinos livres.

Iannone foi submetido a uma radiografia ainda no circuito, que não acusou qualquer fratura, mas, por precaução, foi transportado ao hospital de Jerez de la Frontera para realizar exames adicionais. A sua presença na corrida está dúvida.

O espanhol Marc Márquez (Honda), campeão em título, vai partir da terceira posição, atrás de Morbidelli, mas imediatamente à frente do líder do Mundial, o italiano Andrea Dovizioso (Ducati), que foi o quarto mais rápido.

A sessão ficou ainda marcada pelo atraso das Yamaha oficiais. Tanto o italiano Valentino Rossi como o espanhol Maverick Viñales foram relegados para a primeira qualificação (Q1), mas só o espanhol conseguiu passar à Q2. Rossi partirá, por isso, do 13.º lugar, igualando o pior resultado em qualificação neste circuito, que datava de 2013.

Piloto está "contente por poder continuar o projeto com a KTM"

Depois de anunciada a renovação por mais um ano com a KTM, Miguel Oliveira mostrou-se "contente por poder continuar o projeto" com a equipa Tech3 de MotoGP. "Já era claro que queríamos continuar com a Tech3. A KTM também mostrou interesse em prolongar o contrato. Estou muito contente por poder continuar o projeto e na família da Tech3. Temos um longo caminho pela frente, mas estou cheio de motivação para encarar as próximas corridas", disse o piloto português à agência Lusa.

O anúncio foi feito numa corrida que parece servir de talismã ao piloto de Almada. "Em 2018, anunciei aqui que iria para a categoria de MotoGP e, em 2017, foi aqui que estendi a opção para 2018 [com a KTM]. É sempre um ponto de viragem. Estou muito contente por estender esta parceria por mais um ano. Ajuda a poder concentrar-me nas corridas, mas nunca senti, verdadeiramente, que o meu futuro estivesse em dúvida, especialmente depois dos resultados das primeiras corridas", admitiu o piloto de 24 anos.

Miguel Oliveira diz acreditar que, em pouco tempo, poderá "demonstrar" todo o seu "potencial com a mota", mas revela que precisa "de tempo para ultrapassar as dificuldades, pois, tecnicamente parece" que a KTM está "em desvantagem" face às outras marcas.

"Algumas pistas são mais difíceis do que outras, mas sabíamos que isto iria acontecer. Se calhar, deixámos ofuscar-nos um pouco com o bom início de temporada. Não digo que esta é a nossa realidade, mas mostra-nos que estamos com algumas dificuldades e vai levar tempo a perceber qual a direção que temos de seguir", sublinhou o piloto português.

No entanto, revela que "a KTM tem estado a trabalhar todos os dias" para dar "mais material" aos pilotos. "Estão a apostar as fichas todas neste projeto e isso é bom", concluiu.

A marca austríaca anunciou este sábado que exerceu o direito de opção sobre o piloto português por mais um ano. Assim, Miguel Oliveira continuará a competir em MotoGP pelo menos até 2020, integrado na equipa Tech3.

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