Secções
Entrar

Em oito anos, portugueses passaram a gastar mais €883 em saúde

Débora Calheiros Lourenço 16 de novembro de 2024 às 10:00

Em Portugal, cada habitante gastou €2.437 em 2022, enquanto o Estado direcionou 10,5% do PIB para as despesas relacionadas com a saúde.  

Em 2022 cada habitante da União Europeia gastou, em média, €3.685 em despesas relacionadas com saúde, um aumento de 38,6% quando comparado com os valores de 2014, altura em que cada cidadão gastava €2.658 euros.

Em Portugal cada habitante gastou, em 2022, €2.437 enquanto em 2014 tinha uma despesa de €1.554 euros: é um aumento de €883 (mais 56%). 

Segundo o Eurostat, as despesas médias mais elevadas, em 2022, foram registadas no Luxemburgo (6.590 euros por habitante), seguindo-se a Dinamarca (6.110 euros) e a Irlanda (5.998 euros). Já os países onde os cidadãos gastaram menos foram a Roménia (858 euros), Bulgária (990 euros) e Polónia (1.137 euros).  

O Eurostat faz também uma adaptação destes valores ao poder de compra de cada país em que o dinheiro gasto pelos luxemburgueses diminui para €4.316 e o gasto pelos portugueses aumenta para €2.823 euros.  

Foi possível verificar um aumento das despesas em todos os países desde 2014, mas os maiores aumentos relativos foram verificados na Letónia (140,5%), Lituânia (125,6%) e Roménia (123,1%).  

Avaliando os gastos dos Estado-membros relativamente com a saúde em relação ao PIB a proporção é de 10,4%. A Alemanha (12,6% do PIB), França (11,9%) e Áustria (11,2%) são os países que dedicam uma maior percentagem do PIB a despesas relacionadas com a saúde enquanto o Luxemburgo (5,6% do PIB), Roménia (5,8%) e Irlanda (6,1%) são os países que menos gastam na saúde.  

Em Portugal, 10,5% do PIB é direcionado para cobrir as despesas relacionadas com a saúde.  

Apesar de em todos os países os cidadãos terem aumentado as suas despesas desde 2014, existem seis países onde a despesa, em proporção com o PIB, diminui. Os maiores declínios foram verificados na Irlanda (3,4%), Dinamarca (0,8%) e Países Baixos (0,5%). 

O Eurostat refere que apesar de os sistemas de assistência médica serem "organizados e financiados de várias maneiras nos países da UE", o que pode levar a níveis distintos de despesa pública e privada, "o acesso universal a assistência médica de qualidade, a um custo acessível para indivíduos e para a sociedade em geral, é amplamente considerado um princípio básico na UE". 

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela