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Em novembro de 2019, menino de quatro anos teve covid-19 em Itália

10 de dezembro de 2020 às 12:26

Na altura, doença foi confundida com sarampo, revela estudo. Será o "paciente número 1" com covid-19 no país, onde já morreram mais de 61 mil pessoas.

Uma criança de quatro anos foi infetada em Itália com o novo coronavírus a 21 de novembro de 2019, mas na altura foi confundido com sarampo, indica um estudo da Universidade de Milão, publicado na revista Emerging Infectious Disease.

Os meios de comunicação social italianos dão hoje conta que a criança será o "paciente número 1" com covid-19 no país o que provaria que a doença já circulava muito antes de fevereiro, quando os primeiros casos começaram a ser notificados.

Segundo o estudo, a 30 de novembro, a criança foi encaminhada para o centro de saúde com problemas respiratórios e vómitos e um dia depois surgiram manchas na pela muito semelhantes às do sarampo.

No dia 5 de dezembro, 14 dias após o início dos sintomas, foi realizado um exame para deteção de sarampo e a criança foi mantida no hospital, em cumprimento do protocolo de vigilância do sarampo e da rubéola.

O resultado do teste do sarampo deu negativo e o doente foi depois testado para Sars-CoV2, tendo acusado positivo.

A covid-19 pode levar à síndrome de kawasaki e também causar manifestações cutâneas comuns a outras infeções virais, como o sarampo.

Para os investigadores, este caso prova que o vírus já circulava há algum tempo em Itália, muito antes do impacto abrupto e repentino com que o país se confrontou com a pandemia em fevereiro e também pelas investigações posteriores, incluindo a deteção do vírus num esgoto de Milão em meados de dezembro de 2019.

Além disso, acrescenta o estudo, esta disseminação prolongada e não reconhecida do Sars-CoV-2 no norte do país poderia explicar, pelo menos em parte, o impacto devastador da primeira onda da doença no norte da Itália.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.557.814 mortos resultantes de mais de 68,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (62.566 mortos, mais de 1,7 milhões de casos), seguindo-se Itália (61.739 mortos, mais de 1,7 milhões de casos).

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