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DGS lança campanha para lembrar que "vale a pena vacinar"

17 de maio de 2018 às 20:37

Segundo o Boletim do PNV, registaram-se em 2017 elevadas coberturas vacinais (iguais ou superiores a 95% para as vacinas em geral).

Imagens de crianças com doenças graves, como sarampo, poliomielite e tosse convulsa, fazem parte de uma campanha nacional que a Direcção-Geral da Saúde lança na sexta-feira e que apela aos portugueses para se vacinarem "na altura certa".

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Foto: Getty Images
Foto: Jeffrey Hamilton
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"Vale a pena vacinar!" é o conceito que preside à campanha de sensibilização do Programa Nacional de Vacinação apresentada hoje em conferência de imprensa, em Lisboa, pela directora-geral da Saúde, Graça Freitas, com o objectivo reforçar a mensagem de que só a vacinação pode proteger contra doenças.

"Estamos aqui porque acreditamos e os portugueses acreditam que vale a pena vacinarem-se porque as vacinas evitam doenças, sofrimento e nalgumas circunstâncias até evitam a morte", disse Graça Freitas, lembrando "o êxito" do Programa Nacional de vacinação.

Ao longo de mais de 50 anos, adiantou, "os portugueses vacinaram-se e vacinaram os seus filhos e praticamente não há ninguém em Portugal que nunca tenha sido alguma vez vacinado e com isso desapareceram muitas doenças".

Contudo, esse desaparecimento levou "a alguma tolerância em relação às doenças, porque não se conhecem, e levou a alguma complacência em relação à vacinação".

"Os portugueses até se vacinam. Não se vacinam é às vezes na altura certa e, portanto, não se protegem, às vezes, atempadamente. É para essa franja que nós estamos aqui a falar hoje", sublinhou Graça Freitas.

Foi nesse sentido que foi desenvolvida a campanha "Não arrisque. Vacine-se a si e aos seus filhos", que decorre até 24 de maio e recorda os efeitos de doenças como o tétano, a poliomielite, o sarampo e a tosse convulsa, que graças às vacinas estão controladas ou eliminadas.

A campanha visa alertar os portugueses de que "se não se vacinarem podem estar novamente em risco" e explicar que "aquele atraso pequenino" de que em vez de vacinar o filho aos 12 meses contra o sarampo, o faz um mês depois porque "dá mais jeito", é um mês que "a criança está desprotegida e que se encontra o vírus terá a doença".

"É um apelo à protecção precoce e na altura ideal que estamos a fazer porque de facto a vacina salva vidas e a grande mensagem é não arrisque e vacine-se a si e aos seus filhos", disse, rematando: "Os resultados têm sido muitos bons, mas não podemos voltar para trás. As vacinas são um dever, mas também são um ato de responsabilidade social e são um enorme ato de solidariedade para com aqueles que não se podem vacinar por qualquer motivo".

Cristina Monteiro, executiva de conta da BBZ, empresa que realizou a campanha, adiantou, por seu turno, que "a noção da gravidade e dos malefícios em causa pela não vacinação, hoje em dia, não são conhecidos ou não são experimentados".

Para elucidar a população, foram utilizadas na campanha imagens de crianças com doenças graves de que alguns já não se lembram e que as gerações mais novas nunca viram.

"Se as imagens são impactantes, o texto também não fica atrás porque nós lembramos aos pais que imagine se era o seu filho nestas condições, com esta doença. Vale a pena vacinar", disse Cristina Monteiro.

Além dos canais televisivos, a campanha marcará também presença na imprensa 'online' e 'mupi' nas próximas duas semanas.

Segundo o Boletim do PNV, registaram-se em 2017 elevadas coberturas vacinais (iguais ou superiores a 95% para as vacinas em geral e igual ou superior a 85% para a vacina HPV).

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