Ainda Estou Aqui esgota salas de cinema, está na corrida aos Oscares e valeu um Globo de Ouro a Fernanda Torres. O autor, e filho do deputado assassinado, quer alertar para os perigos das ditaduras.
Não se emocionou a escrever o livro sobre como a sua família lidou com o desaparecimento do pai, Rubens Paiva, que foi torturado até à morte pela ditadura militar brasileira em 1971. Mas comoveu-se quando viu o filme, baseado em Ainda Estou Aqui, no Festival de Veneza, em setembro. Marcelo Rubens Paiva estava com os dois filhos, as irmãs e os sobrinhos. “Acabou sendo um grande encontro familiar”, conta à SÁBADO, mas há outro motivo: “Estar ali mostrando a vida da nossa mãe, que é filha de italianos, de seu nome Facciolla, foi especial.” O escritor conta que perceberam que o filme, realizado por Walter Salles, ia ter impacto. “A comoção da sala lotada de estrangeiros foi mágica.” Marcelo Rubens Paiva, um dos cinco filhos de Eunice e Rubens Paiva, vai publicar o próximo livro “no Carnaval”. A história começa quando termina Ainda Estou Aqui. “É quando viro pai de duas crianças e me separo. Cuido deles sozinho por um bom período. Me diga se uma pessoa numa cadeira de rodas com duas crianças, no período Bolsonaro, em que a cultura foi ameaçada e que fiquei sem emprego e sem dinheiro, não dá um livro?”
Marcelo Rubens Paiva: “A minha mãe estaria feliz e eufórica com este sucesso”
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