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Hospital de Gaia está "comprometido" com obras, equipamentos e pessoal

17 de julho de 2018 às 14:21

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, disse a 27 de Março que todos os directores de serviço do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho estão dispostos a demitir-se se "a situação caótica se mantiver".

O Hospital de Gaia está "totalmente comprometido no cumprimento integral" da "estratégia" definida para o equipamento, nomeadamente reabilitar as instalações, comprar "equipamentos urgentes" e "colmatar saídas de pessoal", disse esta terça-feira à Lusa fonte da instituição.

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Foto: Getty Images
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De acordo o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho (CHVNGE) , em reuniões com "todos os directores de serviços e unidades de gestão integradas", o Conselho de Administração (CA) "compreendeu como comuns" alguns pontos, como "ver aprovadas, a curto prazo, as propostas do plano de reabilitação" do equipamento", assim como "os pedidos de aquisição de equipamentos urgentes, já solicitados" e o "desejo de ver colmatadas as saídas de pessoal, de forma a garantir a melhor resposta aos utentes".

"Esta posição é consensual, estando o CA totalmente comprometido no cumprimento integral da estratégia já aprovada para o CHVNGE", acrescenta o hospital na resposta enviada à Lusa.

OJornal de Notíciasescreve esta terça-feira que "Médicos ameaçam com demissão no Hospital de Gaia" devido às "condições físicas do espaço", à "necessidade de obras" e à "falta de meios humanos e de equipamentos".

O diário cita o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, de acordo com quem a "demissão é sempre uma questão em aberto" devido à insatisfação de 33 directores de serviço e chefes de equipa de urgência.

Questionado sobre esta informação, o CA do CHVNGE recorda que "tomou conhecimento, através da imprensa digital, das preocupações e insatisfação de alguns directores de serviço da instituição".

Depois disso, "deu início a reuniões individuais com todos os directores de serviços e unidades de gestão integradas - que ainda estão a decorrer - com a presença do residente do CA e director clínico".

"Nessas reuniões o CA compreendeu como comuns os seguintes pontos: ver aprovadas a curto prazo as propostas do plano de reabilitação do CHVNGE, ou seja, a fase C, assim como os pedidos de aquisição de equipamentos urgentes, já solicitados; desejo de ver colmatadas as saídas de pessoal, de forma a garantir a melhor resposta aos utentes do Centro Hospitalar", escreve o hospital.

Miguel Guimarães visitou o hospital de Gaia e reuniu-se com os 37 directores de serviços e unidades de gestão integrada para se "inteirar dos problemas existentes" naquela unidade.

"[Existem] condições caóticas. O Serviço de Urgência parece um cenário de guerra com macas por todo o corredor. Quase é impossível circular (...). Este hospital está a definhar. As prioridades são a melhoria das infraestruturas e dotar o hospital com os recursos humanos necessários", afirmou então o bastonário da Ordem dos Médicos.

O responsável prometeu levar o caso à Assembleia da República e falar dele "todos os dias" porque, conforme "as pessoas estão numa fase de exaustão que ultrapassa o razoável".

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