Há umas semana, o deputado europeu Paulo Rangel lembrava, em entrevista a este mesmo jornal, a subsistente precariedade geoestratégica do Velho Continente, e o perigo explosivo que é misturar este rastilho com o combustível da austeridade e dos limites dos povos para confiarem em quem os Governa e taxa. Nos antípodas deste posicionamento está a participação luso-hermética de Vítor Gaspar, ministro de Estado e das Finanças, na Universidade de Verão do PSD, já de si uma ideia pobre, um foleiro "benchmark" do estilo "informal subliminar" americano de fazer política, que não adianta imitar, tal é a diferença de percepção das noções de "espectáculo" em ambos os lados do Atlântico (e do lugar da própria política na sociedade, também).