O ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, assumiu que os dias que passou detido foram muito difíceis. "Este é o pior momento da minha vida. Foram dias terríveis", disse aos jornalistas na chegada a casa, acrescentando: "É um Bruno muito diferente que sai daqui, não sei se melhor ou pior". "Só quem passa por esta situação percebe o quão diferente é um ser humano quando é privado de coisas tão simples", sublinhou.
Bruno de Carvalho recusou responder a perguntas, prometendo fazer uma declaração mais tarde.
Bruno de Carvalho, e o líder da claque Juve Leo, Nuno Mendes, mais conhecido por Mustafá, vão aguardar o desenrolar do processo em liberdade, ficando obrigados a apresentações diárias às autoridade. O ex-presidente do Sporting e o líder da claque vão ter ainda que pagar uma caução de 70 mil euros. As medidas de coacção foram conhecidas esta quinta-feira no Tribunal do Barreiro, onde ambos foram ouvidos no âmbito da investigação da invasão à Academia de Alcochete. Assim que foi conhecida a decisão, os apoiantes do antigo dirigente festejaram a libertação de Bruno de Carvalho, que veio a uma janela acenar.
Segundo o comunicado do Juízo de Instrução Criminal do Barreiro, emitido esta quinta-feira, a decisão de não aplicar prisão preventiva deve-se ao facto de não haver provas para manter os dois arguidos detidos. "Apenas em relação à prática do crime de tráfico de estupefacientes imputado ao arguido Nuno Mendes se verificam fortes os indícios resultantes dos elementos de prova constantes dos autos", pode ler-se no documento. Ainda assim, Mustafá também ficou em liberdade.
Bruno de Carvalho está indiciado por terrorismo, sequestro, ameaça agravada, detenção de arma proibida, ofensa à integridade física qualificada e dano com violência. No total, o ex-presidente do clube lisboeta está indiciado por 57 crimes: um de terrorismo, 20 de sequestro, 20 de ameaça agravada, dois de detenção de arma proibida, 12 de ofensa à integridade física qualificada e dois de dano com violência. Mustafá está indiciado pelos mesmos crimes de Bruno de Carvalho, acrescido de um de tráfico de droga.
O ex-presidente do Sporting e o líder da claque Juventude Leonina estão detidos desde domingo, sendo que o processo só se começou a desenrolar na terça-feira devido à greve de funcionários judiciais. Bruno de Carvalho tem pernoitado nas instalações da GNR de Alcochete e Nuno Vieira Mendes nas do Montijo. Os dois arguidos foram interrogados esta quarta-feira, tendo BdC negado qualquer envolvimento nas agressões. No final, o Ministério Público pediu a aplicação de prisão preventiva.
A 15 de Maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube por um grupo de cerca de 40 pessoas encapuzadas, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários. A GNR deteve no próprio dia 23 pessoas e efectuou, posteriormente, mais detenções, que elevaram para 38 o número de detidos, todos ainda em prisão preventiva, entre os quais está o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes.
A revista Sábado revela na edição que chega às bancas esta quinta-feira, o despacho de 38 páginas assinado pela procuradora Cândida Vilar, do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, revela que o Ministério Público fundamentou a recente detenção e o pedido de prisão preventiva de Bruno de Carvalho, com base sobretudo em três testemunhos de alegados membros "arrependidos" da Juve Leo: Nuno Torres, Filipe Correia Alegria e Guilherme Gata de Sousa. Outras declarações também foram consideradas relevantes pelo MP, por exemplo, aquilo que foi dito pelo antigo responsável do Sporting que fazia a ligação às claques, Bruno Jacinto.
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