Sábado – Pense por si

O partido Lucky Luke

14 de fevereiro de 2011 às 12:17

O Bloco de Esquerda gosta de se comportar como o partido Lucky Luke da política portuguesa.

Dispara mais rápido que a sua própria sombra. Mas, às vezes, a velocidade trai-o e acerta nos pés. O anúncio de uma moção de censura ao Governo, no dia a seguir à tomada de posse de Cavaco Silva e no anterior à da cimeira dos países da Zona Euro, pretende ser um anúncio apocalíptico. Não é preciso levar esta mensagem dos Nostradamus pós-modernos nacionais muito a sério. Só terá efeitos práticos se o PSD achar que o poder pode ser atirado ao ar num abismo e que já tem mãos seguras para lhe pegar sem escorregar na sua ambição. O que não parece. O BE precisava de ser mais rápido do que a concorrência para mostrar que ainda existia. E que não se tinha transformado no fantasma de Manuel Alegre. Necessitava de se libertar do seu estigma: ter andado de braço dado com o PS, num "flirt" descarado a apoiar o mesmo candidato derrotado à Presidência.

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A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.