A antiga campeã olímpica de patinagem artística no gelo Tatiana Navak, mulher de Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, foi criticada por participar em programa de televisão vestida com um fato semelhante ao usado pelos prisioneiros nos campos de concentração nazi
A antiga campeã olímpica de patinagem artística no gelo Tatiana Navak, mulher de Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, foi hoje criticada depois de ter dançado com um fato alusivo ao Holocausto, num programa televisivo russo.
"Perdeu a cabeça? Sorrir num uniforme prisional com uma estrela amarela? E o público aplaude loucamente... Não gosto, não foi simpático", escreveu um telespectador no sítio do programa na Internet.
Tatiana Navak apresentou-se com um fato listado a preto e branco e uma estrela amarela num programa transmitido em horário nobre, no último sábado, ao lado de Andrei Burkovsky, actor russo.
O jornal britânicoDaily Mailsublinhou que os "sorrisos radiantes" tinham "pouco a ver com o tema sinistro", enquanto a revista norte-americanaPeopleconsiderou a representação "preocupante".
Alla Gerber, chefe do Holocaust Center of Moscow, organização que preserva a memória das vítimas do Holocausto, disse a um jornal russo que "não deve haver qualquer tipo de gozo ou sorriso" sobre a questão da deportação de judeus.
De acordo com a patinadora, o traje tinha a intenção de homenagear o filme A Vida é Bela, de Roberto Benigni, uma comédia trágica sobre o Holocausto, premiado com o Óscar de Melhor Filme, em 1999.
"Os nossos filhos devem conhecer e lembrar este período terrível", justificou Tatiana Navak, na rede social Instagram.
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