A falta que faz Ronaldo em Madrid

Por Filipe Balreira - Record

Cristiano Ronaldo ainda dá que falar em Madrid depois de ter deixado o Real órfão dos seus golos e que poderão fazer falta no clássico de domingo diante do Barcelona. Esse será um jogo bastante atípico, já que não terá Cristiano nem Messi em campo, algo que não sucedia há 11 anos.

Decisivo com 18 golos marcados nos clássicos, Ronaldo vê Messi como o máximo goleador (26) no maior jogo de Espanha, só que, na altura em que coincidiram no campeonato espanhol, o avançado português fez mais mossa em Camp Nou. Em 15 visitas ao anfiteatro catalão, Ronaldo fez 12 golos, mais cinco do que Lionel Messi, além de que o Real não perdeu nas últimas três épocas em Barcelona.

Neste momento na Juventus, o internacional português e o astro argentino põem fim a uma disputa acesa de nove anos. Para mais, a última vez que os dois jogadores não estiveram neste encontro foi em dezembro de 2007, tendo Júlio Baptista decidido um encontro do qual agora resta apenas Sérgio Ramos. Na altura, CR7 ainda era do United, Messi também estava lesionado, Kaká era o melhor do Mundo e tinha sido lançado... o primeiro iPhone. Agora, o Real chega à Catalunha a precisar de vencer e com saudades de CR7.

"Não temos goleador. O Real jogava em função de Cristiano. Era o pichichi e agora temos de encontrar outro", disse Karembeu, ex-merengue, na antevisão ao clássico, corroborado por Ramón Calderón. "Nota-se a ausência dele. Substituíram-no por Mariano, está tudo dito. O presidente não o ouviu e cometeu um erro", concluiu o antigo líder dos blancos.

Júlio Baptista deu o mote

Júlio Baptista, ex-jogador do Real Madrid que agora atua no Cluj, analisou ao site de La Liga o clássico de domingo, vendo o Barcelona favorito mas o Real com chances de surpreender... tal como ele fez em 2007.

"El Clásico é das coisas mais poderosas que existe no mundo do futebol. É muito importante e apesar de o Real chegar ao jogo menos forte que o Barcelona, pode ser uma partida em que o Real dê a volta e consiga um grande resultado. Um 2-0 seria formidável", admite o brasileiro, de 37 anos, que decidiu o último clássico sem Ronaldo e Messi.

"Não vencíamos em Camp Nou há muitos anos e tive a felicidade de marcar. Ganhámos 1-0 e foi um dia especial", recordou.

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