ERSE confirma descida de 0,1% no preço da luz no mercado regulado a partir de junho

Em 17 de abril, o regulador dos serviços energéticos já tinha apresentado esta proposta, que foi hoje confirmada.

"No caso do mercado regulado, o efeito conjugado do aumento da tarifa de acesso às redes e da redução da componente de energia resulta numa redução de 0,1% da tarifa de venda a clientes finais", lê-se no comunicado da ERSE hoje divulgado.

A partir de junho, a fatura média mensal para um casal sem filhos, com uma potência contratada de 3,45 kVA (kilovoltamperes) e um consumo de 1.900 kWh (quilowatts-hora) por ano será de 37,49 euros, o que, relativamente à fatura de maio, representa uma descida de 18 cêntimos.

Já a fatura média mensal para um casal com dois filhos, com uma potência contratada de 6,9 kVA e um consumo de 5.000 kWh por ano será de 95,66 euros, menos quatro cêntimos do que em maio.

No caso da Região Autónoma dos Açores, as tarifas de venda a clientes finais apresentam uma redução, entre maio e junho, de 10,1% para clientes em média tensão (MT) e de 2,8% em baixa tensão especial (BTE) e um ganho de 1,5% em baixa tensão normal (BTN).

No caso da Madeira, as tarifas refletem uma redução de 10,4% para clientes em MT e 2,4% em BTE e um aumento de 1,2% para BTN.

Na mesma nota, o regulador assinalou "descidas significativas nos preços de energia nos mercados grossistas", tanto ao nível dos preços ocorridos, como dos mercados de futuro para o resto do ano.

Os preços da energia no mercado grossista (MIBEL), no primeiro quadrimestre, foram, em média, de 36,7 euros por MWh (megawatt-hora), abaixo dos 88,3 euros previstos pela ERSE para o cálculo das tarifas em 2024.

Por sua vez, os preços previstos nos mercados de futuros para o resto do ano estão abaixo dos 88,3 euros por MWh, "embora sejam mais altos do que o preço médio verificado no 1.º quadrimestre do ano, o que conduz a uma nova estimativa de 46 euros por MWh para o preço médio de energia no mercado grossista em 2024".

A ERSE sublinhou ainda que a proposta contribui para "uma maior estabilidade tarifária" a longo prazo.

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