Resistência aos antibióticos mata 35 mil pessoas por ano na UE
A resistência ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas deixam de responder aos antibióticos aumentando o risco de propagação de doenças graves e de morte.
A resistência ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas deixam de responder aos antibióticos aumentando o risco de propagação de doenças graves e de morte.
As conclusões do relatório de vigilância de 2025 destaca a carga crescente da doença em populações mais jovens, verificando-se um aumento de mais 650 casos entre 2022 e 2023.
Foram registados 200 casos de tosse convulsa nos primeiros quatro meses de 2024, quando em todo o ano anterior tinham sido registados 22.
A estimativa do número de doentes que contraiu pelo menos uma infeção aponta para cerca de 94 mil pacientes nos hospitais portugueses num ano.
Os casos de sarampo e tosse convulsa têm vindo a aumentar após a diminuição dos níveis durante a pandemia de covid-19.
Em Portugal aumentaram os casos de gonorreia, clamídia e sífilis, afetando sobretudo jovens dos 20 aos 24 anos.
Desde 2002 que a região europeia é considerada como livre da doença, mas os especialistas temem "lacunas na vacinação".
A agência europeia alerta também para a "extensão geográfica do surto é inédita", tendo em conta que vai desde as ilhas Svalbard, um arquipélago no Ártico que pertence à Noruega, até ao sul de Portugal e ao leste à Ucrânia, afetando 37 países da Europa.
A vacinação contra a covid-19 de adolescentes arrancou no verão de 2021 na União Europeia.
A taxa de mortalidade é de 50,6 por milhão de habitantes, 9% menos do que na semana anterior, mas ainda em níveis elevados.
Portugal é o segundo país da União Europeia com mais casos da variante de preocupação, apenas atrás dos Países Baixos, com 16 casos.
Além de Portugal, Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha e Suécia já confirmaram casos da variante de preocupação.
Viajante proveniente da África do Sul, com 51 anos de idade, regressou a Espanha no dia 28 de novembro com sintomas ligeiros.
ECDC coloca Portugal entre três países em aviso amarelo, com Itália, Malta, Espanha e Suécia em níveis "pouco preocupantes" e o resto da UE classificada como "altamente" ou "muito preocupante".
A Agência Europeia de Medicamentos vai debruçar-se sobre os benefícios e riscos da administração de uma dose de reforço seis meses depois da segunda para "restabelecer a proteção".
A vacinação completa, com qualquer uma das vacinas aprovadas, garante "um alto nível de proteção contra doenças graves e morte causadas pelo SARS CoV-2", incluindo variantes, como a Delta.