Sábado – Pense por si

Catarina Moura

Objectivo atingido: um ano de Kanazawa

Tomoaki Kanazawa, referência na cozinha nipónica em Lisboa, desafiou-o a ficar com o restaurante que fundou antes de partir para o Japão.

Ana Taborda

O Tomo sem o próprio

Tomoaki Kanazawa saiu para um restaurante ainda mais gourmet, de apenas oito lugares, mas Algés continua a garantir um dos melhores sushis do País

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Tomo

Tomo

Tomoaki Kanazawa é um velho conhecido dos apreciadores de cozinha japonesa. Veio para Portugal como cozinheiro da Embaixada do Japão, passou pelo Aya (em Lisboa) e saiu para se estabelecer por conta própria, primeiro em Pedroços e actualmente em Algés. Não se vai ao Tomo pelo ambiente ou pelo décor. O espaço, embora desafogado, é espartano e a decoração algo indistinta. Mas os indefectíveis da cozinha de Tomoaki não parecem dar grande relevância a esses detalhes, preferindo concentrar-se no sabor das suas criações e noutro décor, o dos pratos. Uma boa parte fica-se pelos clássicos sushi e sashimi, contudo, vale a pena ir mais além e desafiar o chef a preparar-lhe um ousado e criativo menuamakase, onde Tomoaki mostra todo o seu talento, ao transformar de forma exímia um conjunto de ingredientes de época, respeitando as regras do tradicional menu kaiseki. Aconselhamos ainda que se opte por um lugar ao balcão, pois observar Tomoaki concentrado a trabalhar é um espectáculo por si só. É como ver um músico tocar cinco instrumentos em simultâneo e ainda dirigir a orquestra - com elegância, rapidez e precisão técnica. Nota: para uma melhor experiência é conveniente marcar o menu do chef de véspera.

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