
Advogado em guerra de honorários milionários com Angola
As autoridades angolanas rescindiram a procuração de representação e o acordo de pagamentos a Paulo Blanco. O advogado diz que lhe ficaram a dever muito dinheiro.
As autoridades angolanas rescindiram a procuração de representação e o acordo de pagamentos a Paulo Blanco. O advogado diz que lhe ficaram a dever muito dinheiro.
O braço de ferro durou anos. Houve pressões, jogos de bastidores e muito dinheiro envolvido. Os milhões de Angola colocados na banca nunca tiveram uma origem bem definida: eram do Estado e de figuras poderosas do regime liderado por José Eduardo dos Santos. Estas são as histórias dos esquemas cruzados, offshores, lavagem de dinheiro e relações perigosas.
Sindika Dokolo e a mulher Isabel dos Santos são visados em, pelo menos, oito processos crime. O marido de Isabel dos Santos morreu esta quinta-feira, dia 29 de outubro.
Na resposta aos recursos de Orlando Figueira e do advogado Paulo Blanco, a procuradora defendeu a manutenção das condenações por corrupção na Operação Fizz.
O Banco Privado Atlântico terá funcionado como pivô financeiro do poder angolano: para pagar ao advogado de Angola e para o presidente, Carlos Silva, distribuir milhões por Manuel Vicente, Kopelipa e Leopoldino.
Paulo Blanco tinha um plano para montar um banco no Dubai, acedeu a escutas de outro processo e mandou-as para Angola. E sugeriu que a Sonangol fosse usada para controlar movimentos de clientes no BCP. Está a ser julgado por corrupção do procurador Orlando Figueira no caso que envolve Manuel Vicente.
Poderosos de Luanda suspeitos de branqueamento de capitais.
Manuel Vicente tinha um património nunca inferior a 75 milhões de euros. Os generais Kopelipa e Leopoldino Nascimento possuíam ainda mais. Uma parte de todo este dinheiro circulou em Portugal.
Manuel Vicente tinha um património nunca inferior a 75 milhões de euros. Os generais Kopelipa e Leopoldino Nascimento possuíam ainda mais. Só da Unitel, a operadora móvel angolana, Leopoldino recebeu 120 milhões de euros entre 2007 e 2010. Também a mulher de Kopelipa ganhou de outras empresas 33 milhões de euros em apenas quatro anos. Uma parte de todo este dinheiro circulou em Portugal através de bancos e negócios cruzados com familiares e testas-de-ferro.
Gravações mostram que o secretário do Conselho Superior sabia quase tanto como o líder. Foi constituído arguido – por isso fala hoje no parlamento à porta fechada
O Jornal de Angola (JA) volta este domingo a escrever sobre as relações luso-angolanas, considerando que as elites portuguesas estão desactualizadas em relação à nova realidade angolana.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, na sequência do inquérito-crime do Ministério Público português a altos dirigentes angolanos, disse hoje à Lusa que Portugal fará tudo para melhorar ainda mais as relações com Angola.
O activista e jornalista angolano Rafael Marques foi constituído, esta segunda-feira, arguido numa queixa-crime movida, na justiça portuguesa, por nove generais e duas empresas angolanas, que o acusam de "calúnia e injúria".