Já a Câmara de Matosinhos, a quem foi perguntado se tem conhecimento destas denúncias, revelou esta sexta-feira que desde 2020 "recebeu 38 queixas, proferidas por 32 pessoas", tendo as mesmas sido "transmitidas ao MP".
Segundo a acusação do MP, o antigo presidente e a diretora de serviços do Lar do Comércio, situado em Matosinhos, "violaram os deveres inerentes aos cargos que ocupavam".
Relatório apresenta inúmeras lacunas por parte do Lar do Comércio de Matosinhos e do Lar de Idosos de Reguengos de Monsaraz.
O Lar do Comércio teve mais de 100 infetados com covid-19, 24 dos quais acabaram por morrer. Ministério Público instaurou inquérito após queixa de familiar de vítima do novo coronavírus.
Já morreram 24 idosos vítimas de covid-19 no Lar do Comércio, de Matosinhos. Falhas no cumprimento das regras em 2015 levaram Tribunal a decretar que instituição não devia receber apoios públicos.
Entre as 26 crianças, de um total de três salas, estão dois irmãos de 7 meses e 2 anos de idade que testaram positivo ao novo coronavírus.
Falta de pessoal, vistorias que detetaram “falhas muito graves” e demora em tomar medidas. Fita do tempo feita pela Câmara de Matosinhos e carta enviada pela direção ao Parlamento contam a história do surto que matou 24 utentes do Lar do Comércio de Matosinhos.
No lar de Reguengos morreram 18 utentes. No Lar do Comércio foram 24. E há relatos terríveis, que estão a ser investigados pelo Ministério Público.
A operação de mobilização priorizou os utentes dependentes por serem aqueles que precisam de "mais cuidados de saúde e que estão mais vulneráveis".
Segurança Social suspeita que Lar do Comércio tenha exigido pagamentos "como critério de admissão de utentes” que podiam chegar aos 50 mil euros.
