O aumento verificado no ano passado é "bastante menor" do que o que se registou em 2022, ano em que as interrupções voluntárias da gravidez aumentaram 15,9% em relação a 2021.
Médicas apontam várias razões para o primeiro aumento em onze anos, verificado em 2022, e consideram que os meios nos centros de saúde podiam ser mais reforçados.
Uma em cada quatro mulheres que interrompeu voluntariamente a gravidez em 2022 tinha entre os 20 e os 24 anos.
Os novos critérios de avaliação para os médicos de família incluem ausência de abortos e de doenças sexualmente transmissíveis nas mulheres.
Em causa está a nova proposta de avaliação para quem trabalha nas Unidades de Saúde Familiar modelo B, que sugere que médicos com pacientes que tenham feito interrupções voluntárias da gravidez ou contraído uma DST sejam avaliados negativamente. A Associação Nacional de Médicos de Família contesta proposta.
Interrupções voluntárias da gravidez atingiram o número mais baixo de sempre desde que o aborto foi legalizado em Portugal, em 2007.
O referendo que resultou na despenalização do aborto por opção da mulher até às dez semanas foi realizado há dez anos
Em 2014 realizaram-se 16.039 interrupções voluntárias da gravidez, o número mais baixo desde que entrou em vigor a lei que permite às mulheres abortarem
A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) defende no relatório de actividades de 2011 que "seria de equacionar o pagamento de uma taxa moderadora" nas interrupções voluntárias da gravidez. Segundo a IGAS as taxas teriam "um efeito moralizador".
Em tempos de crise, as mulheres desempregadas são agora o grupo com registo de mais abortos à frente das estudantes, segundo o Relatório dos Registos das Interrupções de Gravidez 2011, da Direcção-Geral de Saúde. O número de Interrupções Voluntárias da Gravidez aumentou para 20290, mais 153 que em 2010
