Aeroportos de Portugal e a Portway alertaram na quinta-feira para possíveis perturbações em 22 companhias aéreas que operam nos aeroportos nacionais.
Maioria dos voos cancelados são da easyJet que, na quinta-feira, avisou que decidiu cancelar previamente algumas viagens em Lisboa e Porto devido à greve, informando os seus passageiros.
Sintac e SQAC adiantam que "foi possível encontrar uma posição de consenso entre as partes", que envolveu abertura para contratações e aumento salarial.
Pré-aviso de greve foi lançado após auscultação dos trabalhadores e vai abranger "todos os trabalhadores" de todos os aeroportos nacionais entre os dias 19 e 21 de agosto.
Na saga do novo aeroporto de Lisboa, tanto a direita do Estado mínimo como a esquerda do Estado máximo andam às ordens da Vinci.
Segundo o dirigente do SINTAC, a greve vai prolongar-se até 31 de março, e será feita de uma forma "completamente esporádica e aleatória".
Os trabalhadores estão em greve sobretudo pela falta de progressão das carreiras e por a empresa não ter chegado a acordo na reunião que teve, juntamente com os sindicatos, na semana passada no Ministério do Trabalho.
Os trabalhadores da Portway estiveram em greve entre os dias 27 e 29 de dezembro, em protesto pela falta de progressão das carreiras, numa paralisação convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil.
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil afirma que a adesão à paralisação está situada entre os 80% e 85% na capital.
Paralisação dos funcionários da empresa de assistência em terra nos aeroportos começou na sexta-feira e está a ter impacto "reduzido" em Lisboa, segundo a ANA.
O dirigente do SINTAC disse que esta manhã já tinham sido cancelados três voos e que a média global nacional de adesão à greve "rondava os 70%".
A greve dos trabalhadores da Portway já levou ao cancelamento de voos da easyJet em Lisboa. Sindicato revela que "há perspetivas de mais cancelamentos".
De acordo com o responsável do sindicato, "já há voos em que a bagagem dos passageiros que chegam vai de volta no avião, porque não é retirada".
O sindicato sublinha que "durante três anos os trabalhadores viram os seus aumentos e progressões de carreira congelados a fim de melhorar a saúde financeira da empresa, e contribuíram imenso para o crescimento da mesma".
O sindicato refere que há 10 anos havia 120 inspetores no aeroporto de Lisboa e que "agora são 280".
O presidente da Câmara do Montijo avançou que até ao final de Março o estudo de impacte ambiental ao projecto de construção do aeroporto complementar do Montijo será entregue. Nuno Canta diz haver expectativa de que as obras se iniciem ainda este ano, para que esteja em funcionamento em 2022.
