Apagão: Iberdrola vai levar presidente de operador da rede espanhola à justiça
O apagão deveu-se a incumprimentos das empresas geradoras de eletricidade, afirma a presidente da Red Eléctrica.
O apagão deveu-se a incumprimentos das empresas geradoras de eletricidade, afirma a presidente da Red Eléctrica.
Painel de peritos europeu que investiga o incidente divulgou esta sexta-feira o relatório preliminar.
O apagão, classificado pela ENTSO-E como "excecional e grave", deixou Portugal e Espanha praticamente sem eletricidade durante mais de 10 horas. Aeroportos encerrados, congestionamento nos transportes e falta de combustíveis estiveram entre as consequências imediatas.
As medidas vão ser apresentadas de manhã, numa sessão no Ministério do Ambiente, pela ministra Maria da Graça Carvalho, que será acompanhada pelo secretário de Estado da Energia, Jean Barroca.
O partido liberal frisa que os "efeitos potenciais do apagão sobre hospitais, telecomunicações e transportes foram particularmente preocupantes"
Investigadores salientam que apenas um minuto antes do apagão foram observadas "interrupções na geração no sul de Espanha, o que levou a um aumento da tensão nos dois países afetados".
"O objetivo da REN é entregar um relatório tão detalhado e informativo quanto possivel", disse fonte oficial da Redes Energéticas Nacionais.
O diretor de operações da empresa já tinha dito, logo no dia seguinte ao apagão, que estava excluída a possibilidade de um ciberataque à Red Elétrica, mas o Governo tinha insistido até agora que todas as possibilidades permaneciam em aberto.
O problema provoca atrasos nos relógios dos dispositivos ligados à rede eléctrica, de que são exemplo os micro-ondas ou as rádios.
Afeta relógios de aparelhos elétricos que não foram modificados desde meados de janeiro.
Está previsto para a manhã de 20 de Março o maior eclipse solar desde 1999. O fenómeno pode provocar graves consequências nas redes de energia