
Tempestade Perfeita. Arguidos podem voltar a cargos públicos
Defesa despediu disciplinarmente os arguidos no inquérito sobre corrupção no setor, mas a suspensão de exercer cargos públicos caducou.
Defesa despediu disciplinarmente os arguidos no inquérito sobre corrupção no setor, mas a suspensão de exercer cargos públicos caducou.
Em causa estão eventuais falhas no "duplo controlo" destes licenciamento detetadas numa "averiguação preliminar" efetuada pelo ministério agora tutelado por Nuno Melo.
Investigação a corrupção e branqueamento na Defesa chegou às mãos da juíza de instrução Ana Rita Loja, que aprovou 17 requerimentos de abertura de instrução feitos por 25 arguidos singulares e coletivos.
Em agosto, o Ministério Público acusou 73 arguidos no processo relacionado com adjudicações de obras pela Direção-Geral dos Recursos da Defesa Nacional.
As Finanças enviaram uma auditoria onde se apontavam irregularidades na gestão de Alberto Coelho. Secretário de Estado da Defesa tammbém havia avisado sobre derrapagem.
Marco Capitão Ferreira demitiu-se de secretário de Estado da Defesa no início de julho, no dia em que foi constituído arguido na operação 'Tempestade Perfeita', suspeito de corrupção e participação económica em negócio.
Gomes Cravinho sublinhou que a decisão de contratar Marco Capitão Ferreira "foi única e exclusivamente" da DGRDN e do seu então diretor-geral, Alberto Coelho, um dos arguidos na operação 'Tempestade Perfeita' também envolvido na polémica derrapagem dos custos das obras do antigo Hospital Militar de Belém.
Enquanto ministro da Defesa teve conhecimento do contrato que Marco Capitão Ferreira celebrou com o Ministério, em março de 2019.
Em causa está um alegado contrato de assessoria assinado em 2019 entre o ex-secretário de Estado e a Direção-geral de Recursos da Defesa Nacional, à data liderada por Alberto Coelho - um dos envolvidos na operação judicial e nome ligado à derrapagem dos custos na requalificação do antigo Hospital Militar de Belém.
Capitão Ferreira invocou a sua atual condição de arguido no âmbito do processo "Tempestade Perfeita".
Atual ministro dos Negócios Estrangeiros autorizou manutenção dos helicópteros uma semana antes de Capitão Ferreira assinar o contrato de assessoria com a Defesa.
Primeiro-ministro comentou saída de Marco Capitão Ferreira, ex-secretário de Estado da Defesa Nacional constituído arguido por participação económica em negócio e corrupção.
Marco Capitão Ferreira, exonerado esta sexta-feira, foi constituído arguido por corrupção e participação económica em negócio.
António Costa apresentou ao Presidente da República o pedido de exoneração de Marco Capitão Ferreira.
Cravinho admitiu que em março de 2020 "torna-se claro que o custo vai ser superior àquilo que era o custo inicial estimado", mas garantiu que "não há nenhuma mentira" naquilo que declarou ao parlamento.
Em causa podem estar crimes de peculato, participação económica em negócio e corrupção, que estão a ser investigados, desde 2018, pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP).