
Nicusor Dan, o matemático pró-europeu que derrotou a extrema-direita na Roménia
O autarca de Bucareste venceu as eleições presidenciais da Roménia na segunda volta, depois desta ter sido anulada pelo Tribunal Constitucional em dezembro.
O autarca de Bucareste venceu as eleições presidenciais da Roménia na segunda volta, depois desta ter sido anulada pelo Tribunal Constitucional em dezembro.
Segundo dados oficiais, a participação foi de 64,70%, ou 11.639.301 votantes, num total de quase 18 milhões de eleitores. Na primeira volta, a participação foi de 53%.
Pouco antes, o fundador do Telegram, Pavel Durov, acusou França, sem a nomear, de ter tentado interferir nas eleições, o que Paris negou firmemente.
Não serão só as Legislativas em Portugal que serão relevantes no próximo domingo para o nosso futuro: o que acontecer na segunda volta das presidenciais da Roménia pode agravar a deriva nacional-populista no flanco Leste da UE e da NATO. Da Turquia pode surgir uma nova esperança para a Ucrânia. Mas o jogo de sombras entre Trump e Putin torna improvável a admissão de Erdogan como novo “player” que definirá o futuro de Kiev.
De acordo com os resultados oficiais, divulgados pela Autoridade Eleitoral Permanente, quando estavam contabilizados 98,16% dos votos, George Simion vencia as eleições, com 40,26% dos votos, representando mais de 3,6 milhões de votos.
Os serviços secretos romenos desvendaram uma extensa campanha coordenada no TikTok, que envolveu mais de 25 mil contas, e que dispararam o apoio do candidato de extrema-direita Calin Georgescu, que passou de 5% nas intenções de voto para vencedor, com 23%.
Na Conferência de Segurança em Munique, marcada pela anúncio do início das conversações de paz entre Rússia e a Ucrânia, JD Vance atacou regras contra a desinformação e discurso de ódio. Adiantou também que EUA podem usar influência militar e económica nas negociações de paz com a Rússia.
A sua newsletter de quarta-feira.
Fez várias declarações polémicas e garante que a democracia foi cancelada, após decisão do tribunal que acusa Rússia de interferir nas eleições romenas. Foi a surpresa da primeira volta, cujos resultados foram anulados.
A credibilidade dos resultados foi colocada em causa após ameaças de influência russa, cujo vencedor tinha sido um candidato improvável de extrema-direita. Processo volta agora ao início.
Sabemos das culpas, das pistas, das realidades negras, da propaganda. Sabemos do sangue, suor e lágrimas das cidades e aldeias ucranianas. Mas está a Rússia por trás de todos os problemas do mundo?