A continuidade da operação da central "coloca claramente em risco toda a transição energética", disse o coordenador da campanha de Energia da Greenpeace, Francisco del Pozo, frisando que "prorrogar o encerramento é uma loucura, porque a hora é agora".
"A principal razão nem é ambiental", salienta Francisco Ferreira, indicando que apesar de não haver emissões de gases com efeitos de estufa na produção de energia, "a energia nuclear é a fonte mais cara de produzir".
Sempre que há um "incidente" numa central nuclear em Espanha, este tem de ser imediatamente notificado à entidade que supervisiona o setor.
Durante o protesto gritaram frases como "Não ao nuclear, encerrar a central de Almaraz", "Sim à vida, não à mina", "Governo escuta, os trabalhadores estão em luta", "Comboios sim, portagens não" e "[Comboio] internacional a circular, para o ambiente melhorar".
André Silva acusa também o Governo português "de inércia" nesta matéria e salienta ser "fundamental alertar a comunidade internacional para este problema político, social e ambiental que é o não encerramento de Almaraz".
Fontes do Governo espanhol afirmaram que o ministério da Transição Ecológica formalizou as ordens de renovação das autorizações para estas instalações.
O ministério da Transição Ecológica espanhol formalizou as ordens de renovação das autorizações para estas instalações.
Verdes dizem que incidente de sábado e outro que levaram à paragem de reatores, "confirmam que esta central está obsoleta e representa um perigo enorme" para Portugal.
A central está implantada junto ao rio Tejo numa zona de risco sísmico e apenas a 110 quilómetros em linha reta da fronteira portuguesa.
O IV Fórum Social Mundial Antinuclear, concluído com uma manifestação antinuclear na praça Ópera, no centro de Madrid, juntou diversas plataformas antinucleares.
Central nuclear tem licença para operar até junho de 2020, mas ambientalistas receiam que a sua licença de exploração seja prolongada.
Empresas proprietárias da central localizada a 100 quilómetros de Portugal chegaram a acordo para pedir a renovação da licença.
Central está situada a cerca de cem quilómetros da fronteira com Portugal.
Funcionários têm concentrações marcadas para todas as semanas até ao final de março.
O eurodeputado José Inácio Faria questionou a Comissão Europeia sobre os riscos de segurança do programa nuclear espanhol com impacto em Portugal.
Termina este ano a experiência governativa mais ampla da 3ª República, onde houve mais forças políticas a apoiar um governo do que a opor-se a ele pela primeira vez após a revolução.
