
Quatro ativistas climáticos detidos em Lisboa por desobediência
Cerca de 50 ativistas climáticos manifestaram-se junto ao aeroporto de Lisboa num protesto para criar "disrupção da hora de pico dos voos".
Cerca de 50 ativistas climáticos manifestaram-se junto ao aeroporto de Lisboa num protesto para criar "disrupção da hora de pico dos voos".
O grupo, com pelo menos cinco manifestantes, exibia cartazes a exigir o fim do fóssil até 2030, e gritou palavras como: "não vamos dar paz a este Governo que nos quer matar".
A colisão entre o direito de manifestação e o crime de desobediência é o pano de fundo da maioria dos processos judiciais que, por cá, têm levado ativistas climáticos à sala de audiências.
A polícia está em força no bairro empresarial e financeiro de La Défense, onde a quarta maior empresa petrolífera do mundo e a maior de França em termos de lucros, celebra este ano o seu centenário, vai realizar a sua Assembleia Geral anual.
A 9 de maio, oito estudantes foram detidos após terem ocupado por três dias a Faculdade de Psicologia num protesto contra a guerra na Faixa de Gaza e o uso de combustíveis fósseis.
Estudantes estão a fazer um protesto "sit in" no átrio do edifício, sentados no chão e unidos por tubos metálicos.
Os ativistas climáticos do Last Generation bloquearam as pistas em três aeroportos alemães no verão passado e no outono de 2022, afetando 57 voos.
Dezasseis organizações não-governamentais portugueses exigem uma "investigação completa e imparcial" sobre os incidentes.
Estão em causa os crimes de desobediência, desobediência qualificada, atentado à segurança de transporte rodoviário, resistência e coação ou dano qualificado.
Cinco estudantes, utilizando tubos e cola, bloquearam a entrada principal. Reivindicam o fim do uso de combustíveis fósseis até 2030.
Uma ativista partiu o vidro e outras duas deixaram, na montra, a mensagem "Quebrar em caso de emergência climática" a tinta vermelha, denunciando a importância do fim das "emissões de luxo".
O Presidente da República destacou que "há outras maneiras de luta, proposta e crítica" que os ativistas climáticos podem adiantar, e salientou preocupação de Portugal quanto ao tema.
A ONU, Conselho Europeu e a Amnistia Internacional já alertaram para necessidade de proteger os direitos dos ativistas. Esta sexta-feira, ativistas climáticos atiraram tinta a um quadro de Picasso no CCB, em Lisboa.
Imitam movimentos estrangeiros, têm treino para o caso de serem detidos e apoio jurídico, começaram com ações pacíficas mas radicalizaram-se. Entregaram a Matos Fernandes um panfleto em que o ameaçavam de morte. Dão palco aos jovens, mas há adultos na sombra.
A propósito do casamento de Maria Francisca de Bragança, filha de D. Duarte (no próximo sábado, dia 7), fomos ver quais foram as cerimónias mais luxuosas ao longo de 800 anos de monarquia portuguesa. Outros destaques: quem são os ativistas climáticos; entrevistas com Ricardo Conde, da Agência Espacial Portuguesa, e com o psiquiatra Daniel Sampaio.
Os 11 ativistas que bloquearam a Segunda Circular, na manhã desta terça-feira, já foram detidos.