Entre janeiro e maio foram registados 11,3 milhões de hóspedes e 27,7 milhões de dormidas em Portugal.
O diretor das urgências pediu "coerência" nas medidas relacionadas com a covid-19, lembrando que os testes deixaram de ser gratuitos e que o abandono da máscara coincidiu com momentos festivos.
Utilizou um autoteste e testou positivo? Não é obrigatório ligar à Linha SNS24, havendo outras opções. E médicos pedem que evitem ida ao hospital sem sintomas, ou com sintomas leves.
A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar alerta para o "caos absoluto" nos centros de saúde pelo país inteiro, com o aumento da procura.
O presidente da Associação de Medicina Geral e Familiar, Nuno Jacinto, alerta para as consequências de se continuar a descurar os doentes crónicos, porque uma coisa é um atraso de dois ou três meses, "outra é parar dois anos". E considera que não se podem continuar a usar as mesmas soluções do início da pandemia.
Na quinta-feira, cerca de duas dezenas de enfermeiros recusaram aceitar a "passagem do turno", o que implicou que os enfermeiros tivessem que se manter ao serviço após a sua hora de saída.
"Temo o pior, em Leiria e em muitos outros hospitais do país, porque não há médicos suficientes para assegurar as escalas de Urgência", afirmou o responsável regional do SIM/Centro.
Em Almada e no Seixal, deixou de haver um atendimento independente para os casos suspeitos de Covid, que agora são vistos juntamente com os outros doentes nas unidades.
"Estamos a experienciar, no Serviço de Urgência, o mesmo fenómeno que observámos na primeira e na segunda vagas que foram as mais significativas na região Norte", avisa diretor da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Urgência e Medicina Intensiva.
Cerca de 25% do tempo dos médicos de família está agora dedicado à pandemia. Resultado: há doentes crónicos descompensados, rastreios atrasados e cancros mais avançados e com menor perspetiva de cura.
"Se temos uma pandemia não podemos tratar todos como mereciam. Então nós temos que tentar acabar com a pandemia o mais depressa possível para voltarmos a tratar os outros doentes", explica infecciologista.
"De 24 para 31 de janeiro, o HGO verificou um crescimento de 21% no total de doentes internados, positivos por infeção por SARS-COV-2. No dia 24 de janeiro, o número total foi de 204. Hoje, dia 31 de janeiro, o número daqueles doentes subiu para 242", informa a nota.
Neste momento, o CHL tem 30 camas de nível III e II, com 29 doentes internados. Nas 172 camas de nível I estão 151 doentes internados.
156 doentes estão internados em enfermaria, 17 em Unidade de Cuidados Intensivos e três doentes estão em Unidade de Hospitalização Domiciliária.
A manter-se, a situação coloca o hospital "em cenário de pré-catástrofe", indica a administração em comunicado. O hospital regista 169 internados por covid-19.
Há um dia, o HGO anunciou que a sua capacidade estava "além do seu nível máximo" do Plano de Contingência.
