Viúva do militar português morto no Mali ainda não recebeu pensão
A viúva do militar português que morreu no Mali aguarda há quase nove meses a "pensão de sangue" que lhe é devida.
A viúva do militar português que morreu no Mali aguarda há quase nove meses a "pensão de sangue" que lhe é devida, disse hoje o dirigente da Associação de Sargentos, Lima Coelho, numa conferência no parlamento.
"Sabemos que as questões que decorrem dos seguros da missão foram imediatamente resolvidas - que têm a ver com a hipoteca da casa, etc -, mas a pensão de sangue, ao abrigo da lei, não foi recebida, tanto quanto soubemos, ontem [terça-feira]", disse depois à Lusa Lima Coelho.
Gil Fernando Paiva Benido, 42 anos, integrava o contingente nacional na missão da União Europeia no Mali, sediada em Bamako, e era adjunto do oficial de transmissões da força portuguesa. Foi morto num atentado terrorista jihadista em Junho do ano passado e deixou dois filhos menores.
O presidente da comissão parlamentar de Defesa Nacional, Marco António Costa (PSD), declarou "sentir vergonha" da situação. "Hoje mesmo procurarei obter informação útil sobre essa matéria", acrescentou.
A família do militar recebeu, na semana passada, uma medalha póstuma. "A família não se alimenta de medalhas", salientou Lima Coelho.
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