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Utentes do IP3 exigem requalificação urgente da estrada entre Coimbra e Viseu

03 de março de 2018 às 15:09

"Há uma grande degradação. Há abatimentos de plataformas, pavimentos em mau estado, taludes caídos, barreiras caídas e vias suprimidas há vários anos", indica porta-voz de associação.

A Associação de Utentes e Sobreviventes do Itinerário Principal (IP)3 visitou hoje "os pontos negros" daquela estrada, para exigir a requalificação urgente da via, que liga Coimbra a Viseu.

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Foto: Cofina Media
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Membros da associação percorreram hoje o IP3, apontando para os "pontos negros" de uma estrada "votada ao abandono" e que continua a registar uma elevada sinistralidade, segundo disse aos jornalistas o porta-voz do movimento, Álvaro Miranda.

"Há uma grande degradação. Há abatimentos de plataformas, pavimentos em mau estado, taludes caídos, barreiras caídas e vias suprimidas há vários anos. O que exigimos é que [os governantes] olhem para esta via e façam a requalificação do IP3, para diminuir a sinistralidade e haver uma circulação com mais segurança", frisou.

Álvaro Miranda apontou para casos como os da zona do Botão (Coimbra) e Espinheira (Penacova), onde há supressão de vias por taludes caídos há vários anos, mas o que mais o preocupa é o traçado no distrito de Viseu, onde "não há separador central", nomeadamente na zona de Tondela.

"Em 2001, quando exigimos a colocação de separador central de Trouxemil [Coimbra] a Oliveira do Mondego [Penacova], houve uma grande diminuição de acidentes com vítimas mortais. A partir de Oliveira do Mondego, há mais acidentes com vítimas mortais com colisões frontais, porque não há separador", sublinhou.

Socorrendo-se de dados fornecidos pela corporação de Bombeiros de Penacova, Álvaro Miranda referiu que, entre 1991 e 2017, houve 1.825 acidentes entre a zona do Botão e Oliveira do Mondego, que provocaram 1.836 feridos.

Ao longo desse período, registaram-se 123 mortos, sendo que o número de vítimas mortais diminuiu com a colocação do separador central em 2001, vincou.

"Queremos dar a conhecer a negligência nesta via, que liga Coimbra a Viseu e que é estruturante para o desenvolvimento socioeconómico da região", referiu.

A associação, esclareceu, não é contra uma "hipotética autoestrada" que una as duas capitais de distrito. No entanto, é contra um projecto que "venha a sobrepor em algum ponto o IP3 existente, que tem sempre de ser requalificado e melhorado".

No início de Fevereiro, a Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 lançou uma petição pública em defesa da melhoria do traçado daquela via, disponívelaqui.

Até hoje, mais de 1.100 pessoas assinaram a petição.

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