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Polícias quiseram entregar carta a Costa mas ninguém apareceu

01 de outubro de 2018 às 19:34

Sindicato fala em "desconsideração" e, esta terça-feira, volta a tentar entregar missiva ao gabinete do primeiro-ministro.

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) quis entregar uma carta reivindicativa na residência oficial do primeiro-ministro, esta segunda-feira, mas ninguém do gabinete de António Costa apareceu para receber a missiva, disse o presidente da associação sindical.

Paulo Rodrigues, adiantou à agênciaLusaque à chegada à residência oficial foi dito à delegação da ASPP/PSP que não havia ninguém do gabinete do primeiro-ministro para receber a carta, porque estavam todos ocupados, mas que podia deixar a carta ao polícia de serviço no local.

O presidente da ASPP/PSP entende que a "desconsideração" para com a iniciativa da associação sindical evidencia "o valor" que o primeiro-ministro dá aos polícias e aos protestos destes profissionais, que reivindicam a reposição e pagamento dos cortes efectuados nos subsídios em período de férias.

Tendo a ASPP/PSP recusado deixar a carta a alguém que não represente o gabinete de António Costa, ficou agendada para terça-feira uma nova deslocação à residência oficial do primeiro-ministro, para entregar a carta.

A iniciativa surgiu após os polícias não terem obtido quaisquer respostas do Ministério das Finanças, onde se concentraram na passada quarta-feira para exigir a reposição e pagamento dos cortes efectuados, desde 2011, aos subsídios em período de férias.

A ASPP/PSP considera, em comunicado, "inadmissível" que o Governo continue a não cumprir a decisão do Supremo tribunal Administrativo, que em Abril deu razão à associação sindical sobre a ilegalidade do corte nos suplementos atribuídos aos polícias em tempo de férias, o que ocorre desde 2011.

A ASPP/PSP reivindica ainda a publicação imediata da lista para a passagem à pré-aposentação de 800 profissionais, conforme previsto no Estatuto da PSP.

A associação sindical assegura que vai continuar a realizar vigílias e concentrações até que as suas reivindicações sejam atendidas.

Na semana passada, Paulo Rodrigues referiu à agênciaLusaque, apesar de a decisão judicial ter transitado em julgado, após o Governo esgotar todos os recursos, a deliberação daquele tribunal superior continua a não ser cumprida pelo Executivo.

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