Pais de Telheiras protestam contra nova igreja que vai destruir jardim
Os contestatários à construção de uma nova igreja e casa mortuária junto a uma escola no bairro de Telheiras, em Lisboa, vão organizar um cordão humano de protesto
Os contestatários à construção de uma nova igreja e casa mortuária junto a uma escola no bairro de Telheiras, em Lisboa, vão organizar um cordão humano de protesto, disse hoje à Lusa uma das organizadoras.
"Na quarta-feira, dia 21, entre as 08h30 e as 09h00 iremos fazer um cordão humano envolvendo o jardim e as escolas", disse à Lusa Virgínia Conde, presidente da
O projecto para a construção de um centro paroquial, casa mortuária e igreja prevê a sua implementação num terreno com mais de 2.000 metros quadrados, situado entre a rua Hermano Neves e a rua José Escada, um espaço actualmente ajardinado junto à EB1 e ao Jardim de Infância de Telheiras.
A Associação de Pais das escolas de Telheiras contesta a localização da obra e o fim daquele espaço ajardinado, pelo que lançouuma petição onlinee está a agendar para as próximas semanas algumas acções para sensibilizar a população da importância do espaço verde que existe no local, entre as quais o cordão humano.
Entretanto, a Junta de Freguesia do Lumiar promoveu na quinta-feira à noite uma sessão de esclarecimento sobre a construção da nova igreja.
A presidente da Associação de Pais considerou essa iniciativa importante porque mostrou que "todos os envolvidos estão disponíveis para negociar".
"Esta sessão correu muito bem, ficou aberta uma porta para a negociação, não temos nada contra a construção de uma igreja com todas as valências necessárias, mas aquele sítio não é o ideal. Está tudo nas mãos da Câmara Municipal de Lisboa e do Patriarcado", afirmou Virgínia Conde.
O presidente da junta de freguesia do Lumiar, Pedro Delgado Alves (PS), explicou à Lusa que a sessão de esclarecimentos tinha por objectivos "apresentar o projecto da paróquia e ponderar algumas alternativas" para a sua aplicação.
"A Câmara Municipal de Lisboa está disposta a fazer a permuta de um terreno que permita a instalação da igreja e centro paroquial. Do lado da paróquia há também abertura para discutir as alternativas e, neste momento, estão a ser estudadas as melhores hipóteses", disse.
Relativamente ao tempo que demorará até ser encontrada uma solução, o autarca disse à Lusa que espera "ter tempo para que se encontre uma solução, com a maior brevidade possível".
A petição contra a construção da igreja e centro paroquial no jardim contíguo às escolas reunia hoje, cerca das 18h00, quase 2.800 assinaturas e vai manter-se online.
Segundo um comunicado divulgado na página da paróquia pela equipa coordenadora do projecto, este compreende a construção de uma igreja, um centro para idosos, um armazém para recolha e distribuição de alimentos, um espaço solidário para recolha e distribuição de roupa, um centro de aconselhamento e apoio familiar, um espaço para eventos, salas de reuniões para encontros de várias valências e capelas mortuárias.
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