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Ministra sobre a PSP: "Tenho consciência de que são poucos"

08 de agosto de 2017 às 17:30

Constança Urbano de Sousa falou no 150.º aniversário do Comando Metropolitano do Porto

O comandante metropolitano da PSP do Porto afirmou que, se não receber pelo menos 200 agentes em 2018, "muitas coisas terão de deixar de ser feitas" - e a ministra da Administração Interna admite a falta de operacionais e promete reforçar o efectivo.

"Tenho consciência de que são poucos. Será necessário dar passos mais significativos e por isso estamos neste momento a trabalhar no reforço da capacidade da Polícia de Segurança Pública através de novas admissões", declarou Constança Urbano de Sousa, durante as cerimónias do 150.º aniversário do Comando Metropolitano do Porto.

"Tenho consciência que ainda existem muitos constrangimentos. Não obstante já foi possível dar passos muito concretos na valorização das carreiras dos polícias que servem a PSP", acrescentou ainda a ministra, enumerando que, recentemente, foram promovidos 500 agentes a agentes principais, 32 comissários à categoria de subintendente e 11 intendentes à categoria de superintendência e que estão em fase de conclusão "vários outros processos promocionais".

Lembre-se que, esta terça-feira, o comandante metropolitano da PSP do Porto, Miguel Mendes, fez esta terça-feira um "clamor de alerta", dizendo que se não receber pelo menos 200 agentes em 2018 "muitas coisas terão de deixar de ser feitas".

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Foto: Cofina Media
Foto: Vítor Mota
Foto: Lusa
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"Em 1948 tínhamos 1.322 elementos, o efectivo actual para as mesmas áreas funcionais de comando e apoio a esquadras é de 1.349 elementos. (...) Claramente a situação que se vem consolidando merece este clamor de alerta", explicou Miguel Mendes num discurso em frente à Câmara Municipal do Porto.

O comandante garantiu que se o Comando Metropolitano da PSP do Porto não receber "pelo menos 200 elementos no próximo ano, muitas coisas terão de deixar de ser feitas".

"Estamos em queda acelerada, pelo menos desde 2011", acrescentou, assumindo que cada vez sente menos "capacidade de voar como o falcão", prosseguiu o responsável.

"Há anos retraímos o dispositivo, fechando 11 subunidades, para termos mais efeito para visibilidade, pro-actividade e reactividade. Hoje, mantendo o permanente défice de 230 homens, significa que fechamos definitivamente mais 10 esquadras", explicou Miguel Mendes, afirmando: "Não posso exigir mais aos meus homens".

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