Maioria dos membros da direcção dos bombeiros demitiu-se
Nove elementos da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, incluindo o presidente, demitiram-se devido "a incompatibilidades de ordem funcional".
Nove dos doze elementos da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, incluindo o presidente, demitiram-se esta semana, devido "a incompatibilidades de ordem funcional", foi hoje anunciado.
"Informamos os nossos associados, o corpo de bombeiros, os colaboradores desta associação humanitária e a população em geral de que a maioria dos membros da actual direcção apresentou, esta semana, a sua demissão ao presidente da mesa da assembleia geral", afirmou o responsável pelo gabinete de relações públicas e comunicação da corporação, Luís Silva Melo.
Numa conferência de imprensa, na sede da corporação da ilha de São Miguel, nos Açores, onde também esteve presente o presidente da direcção, Alberto Leça, o porta-voz justificou que "o mandato de três anos é interrompido" por "incompatibilidades internas" na direcção, acrescentando que se tratou de "uma decisão muito difícil".
"Fizemos um trabalho até meados do ano, princípio do segundo semestre, e tudo corria dentro da normalidade. Mas a partir de uma certa altura chegou-se à conclusão de que não havia condições para continuarmos o mandato", explicou Luís Silva Melo, salientando que a maioria dos membros demissionários "sai de cabeça erguida".
Garantindo não estar em causa a corporação, cujo comando elogiou, o responsável insistiu que foram razões de ordem funcional ao nível da direcção, recusando-se a especificar quais, e salientou que foram alcançados muitos objectivos a que se propôs a direcção.
"Em menos de um ano de gestão da direcção dos bombeiros de Ponta Delgada foi possível resolver muitos dos problemas encontrados, nomeadamente a situação financeira preocupante da associação, concluindo um difícil contencioso com a Segurança Social e na Inspecção Regional de Trabalho com arrendatários e com pagamentos em atraso", frisou Luís Silva Melo, destacando que foi igualmente possível angariar 249 novos sócios este ano.
Ainda assim, o responsável admitiu que existem "muitos problemas ao nível dos fardamentos e das viaturas", cuja resolução os bombeiros esperam a resolução a curto prazo.
De acordo com Luís Silva Melo, o presidente da mesa da assembleia geral marcará brevemente eleições.
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada tem mais de 20 mil sócios, dos quais 12 mi são pagantes.
Além de Ponta Delgada, a corporação serve, também, o concelho vizinho da Lagoa.
Edições do Dia
Boas leituras!