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Costa confiante de que défice em 2017 vai ficar abaixo de 1,4%

19 de dezembro de 2017 às 20:19

O primeiro-ministro disse que o "défice será este ano mais baixo do que o valor inicialmente estimado pelo Governo, que era de 1,5%".


O primeiro-ministro, António Costa, manifestou-se hoje confiante de que o défice de Portugal este ano vai ficar abaixo dos projectados 1,4%, num discurso em que defendeu que a mudança a operar em Portugal tem de ser "sustentável".

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Foto: REUTERS/Charles Platiau
Foto: EPA/STEPHANIE LECOCQ

António Costa falava em São Bento, durante uma audiência concedida ao Conselho da Diáspora Portuguesa, depois de o presidente desta entidade, o empresário Filipe de Botton, se ter congratulado por Portugal estar "muito diferente hoje em comparação com 2013".

O primeiro-ministro discursou logo a seguir para reiterar a tese do empresário, começando por salientar a necessidade de Portugal "dar continuidade a uma mudança que seja sustentável".

"Portugal saiu este ano do Procedimento por Défice Excessivo [na União Europeia], duas agências de 'rating' tiraram o país do nível de lixo, temos melhores condições de financiamento [nos mercados], o investimento privado bateu recordes, o desemprego continua a descer e o défice será este ano mais baixo do que o valor inicialmente estimado pelo Governo, que era de 1,5%. Depois a meta passou para 1,4%, mas o défice vai ficar abaixo de 1,4%", declarou António Costa.

Tendo ao seu lado o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, o primeiro-ministro manifestou-se também confiante de que, no final deste ano, o valor da dívida de Portugal será inferior às projecções iniciais.

Após o capítulo da economia, António Costa referiu-se a indicadores no campo social, citando dados do Observatório da Emigração, segundo os quais em 2016 saíram menos portugueses do país.

"Acredito que o número voltará a baixar em 2017, confirmando esta tendência", disse, deixando depois um recado ao sector empresarial nacional: "Temos de ter empregos devidamente qualificados".

Como principais desafios do país em termos de médio prazo, o primeiro-ministro apontou a necessidade de se concretizarem reformas estruturais como a da floresta e a das qualificações.

"Temos de ser capazes de responder aos desafios que o futuro nos coloca", justificou, numa intervenção em que elogiou a importância da acção das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

"Portugal sempre cresceu partindo. Temos de reforçar a capacidade de internacionalização do país", advogou, perante uma plateia de dezenas de membros do Conselho da Diáspora Portuguesa, entre os quais o filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, líder da Confederação das Câmaras do Comércio Portuguesas no Brasil.

O Conselho da Diáspora Portuguesa é constituído por 96 conselheiros, dos quais 24 sócios-fundadores, estando presente em 26 países e cinco diferentes continentes.

Destes membros, 29% são residentes nos Estados Unidos, 10% no Reino Unido, 7% no Brasil e 4% na África do Sul, registando-se ainda a presença de membros provenientes da Bélgica, França e Espanha.

Em conselho tem uma forte componente económica, já que 58% dos elementos exercem actividade profissional nesta área, seguindo-se a ciência com 21% e a cultura com 14%.

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