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Borba quer acolher centro internacional de galgos de Macau

10 de agosto de 2018 às 20:38

O presidente da Câmara de Borba, António Anselmo, afirmou que a autarquia está interessada em receber os mais de 500 cães do canídromo que encerrou em Julho.

O presidente da Câmara de Borba disse hoje à Lusa que a autarquia está interessada em receber o centro internacional de realojamento de galgos para acolher mais de 500 cães do canídromo que encerrou em Julho, em Macau.

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Foto: Patrick Aventurier/Getty
Foto: Westend61

António José Lopes Anselmo afirmou que este projecto seria importante para o concelho, permitindo a criação de "postos de trabalho diferenciados", bem como na sensibilização pedagógica junto das gerações mais novas.

"Era extremamente importante para nós, este tipo de investimento (...) além de salvar esses animais todos, fazer um trabalho interessante em termos pedagógicos, para as escolas", explicou à Lusa presidente da Câmara de Borba, distrito de Évora.

"Estamos claramente interessados" afirmou, acrescentando: "Aqui os animais estão tranquilos e têm espaço".

Na quinta-feira, à margem de uma visita dos jornalistas ao canídromo de Macau, o presidente da Anima - Sociedade Protetora dos Animais de Macau, que está envolvido no processo de realojamento dos 532 galgos, admitiu a hipótese de ser construído um centro internacional de realojamento de galgos, único no mundo, em Borba.

A Yat Yuen [Companhia de Corridas de Galgos Macau responsável pelo canídromo] deu-me carta branca para eu poder começar a pensar no terreno", disse à Lusa Albano Martins.

No dia 27 de Julho, a empresa, que abandonou 533 cães no canídromo em Macau, comprometeu-se a construir um centro internacional de realojamento de galgos. Contudo, a utilidade do terreno escolhido é de finalidade industrial, sendo a alteração deste fim necessária para que as autoridades do território aprovem a construção deste centro.

Caso as autoridades de Macau não aprovem o terreno, a opção será Borba. Quer o financiamento do projeto como o transporte dos animais será assegurado pela Yat Yuen, que pertence à Sociedade de Turismo e Diversões de Macau, fundada pelo magnata do jogo Stanley Ho, disse Albano Martins.

"Espero que quando [o presidente da Anima] regresse a Portugal possamos falar de uma forma mais objetiva, porque é do nosso interesse", declarou António José Lopes Anselmo.

Em 2017, em declarações ao jornal em língua portuguesa Ponto Final, Albano Martins já havia afirmado estar a ponderar a construção de um centro internacional de realojamento de galgos em Portugal.

"O Albano falou comigo em 2016 e disse-me que havia essa possibilidade", confirmou o presidente da Câmara de Borba.

Em 2016, o Governo de Macau deu dois anos ao canídromo da cidade para mudar de localização e melhorar as condições dos cães usados nas corridas ou para encerrar a pista, cujas receitas se encontram em queda há vários anos.

A 12 de Julho, pouco antes de o contrato de exploração terminar, o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais de Macau já tinha exigido à Companhia de Corridas de Galgos a entrega imediata de um plano concreto para realojamento dos galgos, depois de a Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos ter recusado prolongar o contrato de exploração do canídromo, a operar há mais de 50 anos no território.

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