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Assunção Cristas defende reconstrução das habitações de férias

05 de março de 2018 às 15:58

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, alertou hoje para a necessidade de se garantir a reconstrução das segundas habitações destruídas pelo incêndio de Pedrógão Grande.

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, alertou hoje para a necessidade de se garantir a reconstrução das segundas habitações afectadas pelo incêndio de Pedrógão Grande, apontando para a importância que estas casas têm para a dinâmica local.

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Foto: Paulo Novais/Lusa
Foto: Paulo Novais/Lusa
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Foto: Paulo Novais/Lusa

A segunda habitação, frisou, "é muito importante para estes territórios", trazendo pessoas para os concelhos afectados "nos fins de semana, nos feriados com ponte, no verão e não há uma forma de ajudar a essas reconstruções".

A urgência para a segunda habitação "não é tanta [como para a primeira], mas deve-se também olhar para estas habitações", afirmou a líder do CDS-PP, que falava aos jornalistas após uma reunião com a Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, na sede da instituição, na aldeia da Figueira, em Pedrógão Grande.

Sobre uma solução para as segundas habitações, Assunção Cristas defendeu que esta "tem de ser encontrada com apoios de ordem diversa".

"Mas, não podemos baixar os braços nesta matéria. Se já temos os territórios desertificados e com uma população muito pequena e envelhecida, se não conseguirmos ajudar as pessoas que têm aqui uma casa, então estamos mais uma vez a falhar o desafio", considerou.

De acordo com a líder do CDS-PP, "agora é tempo de se olhar em concreto para as segundas habitações".

"É preciso perceber que, sem isso, estamos a dar mais um contributo para que menos gente volte a estes territórios", sublinhou.

Questionada pela agência Lusa sobre se deveria haver um apoio directo do Governo na reconstrução das segundas habitações, Assunção Cristas optou por apenas dizer que "é preciso fazer o levantamento e é preciso perceber quem não tem condições que apoios pode vir a ter".

A líder do CDS-PP alegou ainda que, no que diz respeito à primeira habitação, há "muito poucas pessoas, passados tantos meses, que foram realojadas".

"A maioria das pessoas ainda não está realojada nas suas casas reconstruídas", frisou Assunção Cristas.

Questionado pela agência Lusa, o Ministério do Planeamento e Infraestruturas informou que já estão concluídas as obras em 136 habitações permanentes afectadas pelo incêndio de Pedrógão Grande, o que representa "mais de metade" do total das casas de primeira habitação com necessidade de obras de reabilitação (263).

Segundo o Ministério do Planeamento e Infraestruturas, 107 casas estão em obra e "as restantes estão em adjudicação", registando-se ainda três casos "por resolver, por mudança de local e as famílias não gostarem dos terrenos propostos".

O incêndio que deflagrou em 17 de Junho de 2017 no concelho de Pedrógão Grande e que alastrou a municípios vizinhos provocou 66 mortos e cerca de 250 feridos, destruiu meio milhar de casas e quase 50 empresas e devastou mais de 50 mil hectares de território, cerca de duas dezenas de milhares dos quais de floresta.

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