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66 pessoas detidas na festa do Benfica

19 de maio de 2019 às 08:47

PSP e ASAE levantam incidências relacionadas com o uso de engenhos pirotécnicos, resistência, coacção e venda especulativa de bilhetes.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve no sábado pelo menos 20 pessoas durante o jogo e os festejos do título de campeão português de futebol no estádio da Luz, segundo o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP. Nas imediações do recinto do Benfica também foram detidas nove pessoas pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) em flagrante delito, por venda especulativa de bilhetes para o último jogo da Primeira Liga, frente ao Santa Clara. Mais tarde, no Marquês de Pombal, a PSP anunciou a detenção de mais 37 pessoas até às 02h deste domingo — perfazendo um total de 66 pessoas detidas.

Em declarações à agência Lusa, André Oliveira Serra explicou, sem avançar números exactos, que foram detidas pelo menos 20 pessoas, a maioria por posse de artigos pirotécnicos na operação de segurança em torno do jogo entre o Benfica e o Santa Clara, incluindo nos festejos do título no final do desafio nas imediações do estádio da Luz.

Antes, a ASAE adiantou que, na sequência de uma operação de fiscalização, deteve até meio da tarde nove pessoas, em flagrante delito, em Leiria, Marinha Grande, Almada e Lisboa, tendo sido "instaurados nove processos-crime pela prática de especulação na forma tentada e venda irregular de bilhetes".

"Foram apreendidos 18 bilhetes/títulos de ingresso, que se encontravam à venda através da Internet, a atingir valores de lucro de 700% acima do valor facial", refere a ASAE. Os detidos, entre os quais um menor de 17 anos, foram identificados e constituídos arguidos com termo de identidade e residência até serem presentes a tribunal para julgamento.

No estádio da Luz e já depois de terminada a partida o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse ainda que uma pessoa ficou ferida ao ser atingida por um objecto, tendo sido assistida no local. De acordo com André Oliveira Serra, vários adeptos arremessaram objectos contra a polícia, que, no entanto, nesta situação não teve necessidade de intervir.

Entretanto, na zona do Marquês de Pombal, para onde se deslocaram os festejos, o policiamento decorria, cerca da meia-noite "dentro da normalidade", segundo André Oliveira Serra.

Já no centro da cidade, o mesmo porta-voz dizia pelas 02h de domingo que "até ao momento, a operação decorreu dentro da normalidade, não houve actuações policiais de maior. Ocorreram 37 detenções no Marquês, a sua grande maioria por posse de artigos pirotécnicos proibidos", disse o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP). Ocorreram também algumas detenções por resistência e coação.

"Não houve registo de policias feridos, houve alguns civis feridos, mas essa é uma contabilização que está a ser feita pelo INEM e ainda não está fechada", acrescentou.

Mesmo assim, o porta-voz da PSP de Lisboa fez um balanço positivo da operação.

"Já se sabia que o recinto do Marquês ia ser fechado e que todos acessos iriam ser feitos por meio de revista. Todas as pessoas que aqui se deslocaram foram alvo de revista e os objectivos proibidos foram impedidos de entrar, tal como acontece no estádio", frisou.

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