O Chega, o autor e maestro da fantochada já deve ter percebido que as coisas lhe estão a correr mal, mas isso é um preço que terá de pagar. O que me custa a perceber é a cumplicidade que tem recebido dos partidos que aceitaram participar na Comissão.
Classifiquei há muito tempo como “fantochada” a Comissão de Inquérito da Assembleia sobre o chamado caso das gémeas. Foi a primeira vez que usei essa palavra de que não gosto a não ser para classificar espectáculos de fantoches. Infelizmente, agora está em curso um desses espectáculos num teatro em que não devia estar, com muitos péssimos actores que dão maus fantoches, com uma peça que funde a mais completa irresponsabilidade, com crueldade e muita ignorância institucional. O Chega, o autor e maestro da fantochada já deve ter percebido que as coisas lhe estão a correr mal, mas isso é um preço que terá de pagar. O que me custa a perceber é a cumplicidade que tem recebido dos partidos que aceitaram participar na Comissão e que acabam por ser coniventes com os estragos que ela provoca nas instituições, a começar pela Assembleia, e na imagem dos partidos e dos políticos. O Chega perde pela explicitude da sua crueldade e indiferença perante a tragédia, é esse nome da razão das cunhas (sim houve cunhas), mas o populismo ganha pela contribuição do PS, do PSD, do Bloco, em estar lá, devendo há muito deixar o Chega sozinho. Não, pelo contrário, querem fazer de conta que são sérios, institucionais, moderados no meio dos saltos dos fantoches. Os do Chega saltam mais alto, os outros saltam mais baixo, mas todos saltam na fantochada. É mau para a democracia.
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.