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No momento em que o ex-futuro primeiro-ministro anuncia, de olhos em bico, que o País melhorou bastante nos últimos três anos, deveríamos olhar para outra civilização irmã, a nipónica
No momento em que o ex-futuro primeiro-ministro anuncia, de olhos em bico, que o País melhorou bastante nos últimos três anos, deveríamos olhar para outra civilização irmã, a nipónica. Como a SÁBADO relembrou há dias, mais de 100 mil japoneses esfumam-se todos os anos pela vergonha de terem falhado no seu emprego, ou por incapacidade de pagarem dívidas. No Japão, quando se perde a face, desaparece-se da vista pública. Em Portugal, acontece o mesmo, mas no sentido oposto. Zeinal Bava, o antigo presidente do conselho de administração da PT, fez questão de comparecer na comissão de inquérito à glória do BES, dando a cara pelos amnésicos, os consumidores de queijo e a malta que se distrai muito nas reuniões. António Vitorino, em vez de se acobardar, retirando-se do serviço público, ele que presta apoio causídico a um dos candidatos à privatização da TAP, assessora várias concessionárias de PPP e preside à assembleia-geral de, pelo menos, mil das maiores empresas privadas portuguesas (os génios possuem o dom da ubiquidade), pondera antes candidatar-se à Presidência da República, na que seria a mais espantosa transmutação da História. Foi este arrojo que nos elevou a maior potência mundial dos séculos XV e XVI. Os portugueses não têm medo da vergonha ou pânico de serem humilhados, como os chineses ou os japoneses. Temos mais lata do que um armazém da Coca-Cola, e nunca nos falta o gás. Admiramos a esperteza, o desenrascanço e o desplante como os orientais apreciam a discrição, a promessa e o compromisso de honra. Há um Armando Vara em cada um de nós, e ri-se de comenda ao peito e honoris causa na cabeça. Cada povo tem os heróis que merece.
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.