Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
26 de setembro de 2014 às 18:04

Comércio e eleições

O cronista responde aos que perguntam se ele tem algo contra o mercado

Aos que me perguntam se tenho alguma coisa contra o mercado, respondo sempre: muito pelo contrário. Desprezo a subsidiodependência e o centralismo burocrático, mas o comércio é um dos motores da civilização. Quatro milénios antes de Cristo, surgiram tábuas na primeira grande cidade, Uruk, na Mesopotâmia, (actual Iraque) com marcas uniformes que registavam os bens armazenados e as vendas dos mercadores – eram os antepassados da escrita. Uruk assistiu a uma longa lista de impérios, do sumério e acadiano ao saddamita eyankee (versão Bush pai e filho). Como escreve Matt Ridley no revelador 'O Optimista Racional' (Bertrand, 2013), “cada império foi o produto da riqueza comercial e era por fim, e em si mesmo, a causa da destruição dessa riqueza. Os mercadores e os artífices fazem a prosperidade; os chefes, sacerdotes e ladrões desperdiçam-na”. Precisamos, pois, de encontrar novos valores nestas três categorias (mesmo para se ser ladrão é preciso ter-se classe – ponham os olhos em Dragan Mikic ou no Robin dos Bosques).

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